Bem vindos ao blog Endocrinologia em Pauta! Nele você encontrará um conteúdo fidedigno, atualizado, notícias e curiosidades para as pessoas que se interessam pos assuntos relacionados à Endocrinologia, Nutrição e Saúde em geral.


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Após 13 anos, EUA voltam a liberar novo medicamento para combater a obesidade


Uma nova droga para tratamento contra a obesidade acaba de ser aprovada pela FDA, agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA. Trata-se da lorcaserina, comercializada como Belviq. Nos últimos 13 anos, é a primeira vez que um medicamento antiobesidade é liberado nos Estados Unidos para o público, apesar de 60% da população adulta estarem com peso elevado.

A FDA autorizou o comércio do Belviq® (Arena) para adultos acima do peso (Índice de Massa Corporal de 27 ou mais) e obesos (IMC de 30 ou mais) que tenham pelo menos uma complicação de saúde, como diabetes, pressão alta ou níveis altos de colesterol. O fármaco é indicado como auxiliar a uma dieta de baixas calorias e exercícios físicos regulares. 

O medicamento age ativando um receptor seletivo de serotonina no cérebro, o 2C, mecanismo que colabora para a diminuição do apetite e a sensação de saciedade pós refeições. Estudos feitos com mais de 6000 indivíduos demonstraram que os pacientes que usaram o medicamento tiveram perda de 3% a 3,7% de peso a mais do que aqueles que fizeram dieta e atividade física e  após um ano de uso. A redução média de peso do grupo que usou Lorcaserina foi de 7.9kg, e do grupo controle 2,5kg (diferença de 5,8kg).

O que Diz a ABESO

A Presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), Dra. Rosana Radominski, explica que “a lorcaserina é um medicamento serotoninérgico que age no sistema nervoso central aumentando a saciedade. Os estudos publicados até o momento mostram uma boa segurança em relação ao sistema cardiovascular e pulmonar (problemas que justificaram a retirada da fenfluramina e da dexfenfluramina do mercado, anos atrás). Os efeitos adversos mais comuns foram cefaleia, fadiga, tonturas e eventos cognitivos”. 

Sobre a eficácia do medicamento ela afirma que, “em termos de perda de peso, é menor do que a obtida com a sibutramina e o orlistate, sendo a diferença de perda de peso de 3% entre os pacientes que usaram o medicamento e aqueles do grupo controle, após um ano de tratamento, o que provavelmente justifica a alta taxa de desistência: maior que 40%. A droga, portanto, tem efeito leve e não vai representar uma revolução no tratamento da obesidade, mas vai ser uma nova alternativa para um a população com pouquíssimas opções”. 

A especialista prossegue: “A aprovação para a comercialização deste medicamento pelo FDA ocorre após de mais de 10 anos da última liberação de droga antiobesidade. Os órgãos de Vigilância avaliam a segurança dos medicamentos para obesidade com um rigor muito maior do que o fazem para outras drogas. As exigências cada vez mais altas retardam a comercialização, desestimulam a indústria para o desenvolvimento de novos fármacos e deixam a população desassistida”, conclui. 

Estudos Clínicos

O Belviq é uma das drogas experimentais para emagrecimento que teve aprovação após ter sido rejeitada em 2010 pela FDA, depois que pesquisadores levantaram questionamentos sobre tumores que se desenvolveram em animais usados nos testes. Novas análises revelaram que o risco para os humanos é muito pequeno.

A Arena Pharmaceuticals, que distribuirá o Belviq, vai realizar seis estudos clínicos como parte do processo de aprovação. Incluindo um de longa duração, com o objetivo de avaliar o potencial de risco cardíaco ou de acidente vascular cerebral associado ao medicamento.

O novo fármaco ainda não chegou ao mercado brasileiro, nem tampouco se encontra sob análise de nossa Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Xenical (orlistate) foi o último fármaco contra a obesidade aprovado nos EUA, em 1999.

Fonte: Abeso

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Óleo de Coco - Milagre para emagrecer ou mais um modismo??

Esse é o título de um artigo muito interessante publicado na Revista Abeso, edição nº 56 sobre o Óleo de Coco. O artigo da Nutricionista Alessandra Rodrigues, mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) é muito esclarecedor sobre o assunto, avaliando os estudos a respeito dessa substância que está sendo utilizada por alguns, para o tratamento da Obesidade.

Abaixo, destaco alguns trechos do artigo. Para ler o artigo completo, clique aqui




Fonte: Abeso

terça-feira, 26 de junho de 2012

Pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica correm risco de abuso de álcool, revela estudo.



Dois anos após serem submetidos à cirurgia da redução do estômago, pacientes obesos correm mais risco de abuso e dependência de álcool. A conclusão veio de um estudo da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

A pesquisa, publicada esta semana na revista Journal of the American Medical Association (Jama), chegou a ser antecipada na internet durante o encontro anual da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

De acordo com os pesquisadores, a probabilidade é maior entre as pessoas que optaram pelos métodos gastrectomia vertical (conhecida como sleeve) e gastroplastia com desvio intestinal em Y de Roux, também denominada de bypass gástrico, o tipo mais popular dessa cirurgia no mundo e responsável por 70% do total analisado na pesquisa.

A análise foi realizada em 2.458 adultos que fizeram cirurgia bariátrica entre 2006 e 2011, em dez hospitais americanos. Cerca de 80% eram mulheres, 87% de cor branca, com idade média de 47 anos e Índice de Massa Corporal (IMC) de 45,8.

O teste usado foi o de Identificação de Transtornos por Uso de Álcool, que verifica sintomas de dependência e prejuízos, com uma pontuação igual ou superior a oito.
Dessa forma, o grupo de maior risco foi encontrado em pacientes jovens do sexo masculino, fumantes, consumidores regulares de álcool e usuários recreativos de drogas.

A prevalência de sinais não teve muita diferença entre um ano antes e um depois da cirurgia (7,6% e 7,3%, respectivamente), mas foi maior (9,6%) no segundo ano de pós-operatório.

Se dois pontos percentuais de aumento podem parecer pouco, vale ressaltar que esse número é capaz de representar mais de 2 mil americanos com potenciais problemas de álcool e necessidade de acompanhamento pessoal, financeiro e social.

Os efeitos a longo prazo da cirurgia bariátrica com relação ao abuso de álcool ainda devem ser realizados em novos trabalhos.

Fonte: Abeso

domingo, 24 de junho de 2012

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) condena práticas anti-envelhecimento


Prezados Pacientes, 

Diante das inúmeras dúvidas em relação a eficácia e segurança dos tratamentos conhecidos por "antienvelhecimento"ou "anti-aging", repasso abaixo o posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a respeito do assunto.

A medicina avança rapidamente. No entanto, para que um novo tratamento seja utilizado, deve-se ter cautela e principalmente evidências baseadas em estudos criteriosos para que esse tratamento se mostre realmente eficaz ao que foi proposto e que não traga prejuízos a saúde (principalmente a longo prazo) do paciente.

O futuro é incerto... o que temos é o presente!! Abaixo estão as atuais evidências na qual eu concordo e na qual devemos nos basear.

Att.
Renata Antonialli

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


RECOMENDAÇÕES QUANTO AO USO DE HORMÔNIOS, VITAMINAS, ANTIOXIDANTES E OUTRAS SUBSTÂNCIAS COM O OBJETIVO DE PREVENIR, RETARDAR, MODULAR E/OU REVERTER O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO.


Nos anos 90, a fração de idosos era de aproximadamente 10 milhões de indivíduos, ou seja, 7,0% da população total do Brasil. E, de acordo dados preliminares do Censo Demográfico de 2010 (IBGE), atualmente os idosos respondem por cerca de 11,3% da população, com aproximadamente de 21 milhões de indivíduos. As previsões são de que, em 2025, o Brasil terá mais de 30 milhões de pessoas com mais de 60 anos, aproximadamente 15% da população, e de que, em 2040, a população geriátrica brasileira ultrapassará, em proporção e números absolutos, a população infantil. 



Além disso, o grupo dos “muito idosos” (80 anos e mais) é o que mais cresce proporcionalmente no país, sendo, também, o segmento que engloba os indivíduos mais frágeis e portadores de múltiplas doenças crônicas e incapacidade funcional. De acordo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total brasileira cresceu, em 10 anos, (1997-2007) 21,6%, ao passo que a população de 60 anos ou mais cresceu 47,8%, sendo que a faixa dos 80 anos ou mais, 65%. A previsão é de que esse grupo de “muito idosos” cresça, até 2050, duas vezes mais do que o aumento da população com 60 anos ou mais.

Considerando-se que, à medida que as pessoas atingem idades avançadas, aumenta o risco de que elas adquiram doenças crônicas e desenvolvam incapacidades, conclui-se que os médicos irão atender pacientes cada vez mais idosos, frágeis e com múltiplas doenças crônicas. Portanto, ações de promoção de saúde e preventivas se fazem necessárias no sentido de minimizar o impacto das doenças crônicas e da incapacidade sobre os indivíduos e a sociedade.

Tendo em vista que proliferam no Brasil propostas de tratamentos que visam prevenir, retardar, modular ou reverter o processo de envelhecimento, bem como prevenir doenças crônicas e promover o envelhecimento saudável através de reposição hormonal, suplementação vitamínica e/ou uso de anti-oxidantes, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia designou um grupo de especialistas para realizar revisão da literatura com o objetivo de avaliar a eficácia e a segurança do uso dessas substâncias com os fins acima citados. 



Foram consultadas 164 referências bibliográficas publicadas a partir do ano de1990 e utilizadas 79 delas, correspondendo a: 



1. Artigos contendo estudos observacionais, ensaios randomizados, revisões sistemáticas e meta-análises publicados em periódicos nacionais e internacionais, indexados no Medline, Lilacs e Scielo.
2. Artigos de revisão publicados periódicos nacionais e internacionais, indexados no Medline, Lilacs e Scielo.
3. Opiniões e editoriais publicados por renomados especialistas em periódicos nacionais e internacionais, indexados no Medline, Lilacs e Scielo.
4. Dados demográficos publicados, em versão eletrônica, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
5. Recomendações publicadas pela Organização Mundial de Saúde e pela Organização Panamericana de Saúde em seus respectivos portais na internet.
6. Diretrizes e Guidelines publicados por sociedades de especialidade, reconhecidas em seus países, incluindo de nações membros da União Européia, do Brasil, do Canadá e dos Estados Unidos da América.
7. Normas técnicas, resoluções e recomendações de órgãos governamentais e agências reguladoras da União Européia, do Brasil e dos Estados Unidos da América. 



Para a avaliação do grau de recomendação e da força de evidência, foram utilizados os critérios adotados no Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM), assim definidos: 



Nível de evidência A: Estudos experimentais e observacionais de melhor consistência.
Nível de evidência B: Estudos experimentais e observacionais de menor consistêcia. 

Nível de evidência C: Relatos ou séries de casos.

Nível de evidência D: Publicações baseadas em consensos ou opiniões de especialistas.

Considere-se que:



1. em estudos clínicos de boa qualidade metodológica, nenhuma vitamina, antioxidante, reposição hormonal ou qualquer outra substância demonstrou ser capaz de retardar ou reverter o processo do envelhecimento (nível de evidência A); 
2.  deve-se ter cautela com quaisquer informações diferentes daquelas fornecidas por estudos de relevância científica, pois determinados tratamentos podem ser danosos tanto do ponto de vista econômico como da saúde coletiva e individual;
3. os idosos são mais sensíveis à iatrogenia e aos efeitos adversos dos medicamentos (nível de evidência A); portanto, a prescrição para quaisquer indivíduos, principalmente os mais vulneráveis, deve ser baseada em evidências de eficácia e segurança, bem como em indicações estabelecidas cientificamente; 
4. é dever do médico e dos demais profissionais de saúde empreenderem ações preventivas e que se reconhece como prevenção quaternária as ações que detectam indivíduos em risco de tratamento excessivo para protegê-los de novas intervenções inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis;
5. é vedada ao médico a prescrição de medicamentos com indicação ainda não aceita pela comunidade científica;
6. proliferam cursos de extensão, educação continuada e pós-graduação medicina antienvelhecimento, ou com denominações diferentes, mas cuja base é o treinamento de profissionais para a prescrição de hormônios e outros tratamentos ainda sem comprovação científica, com o suposto objetivo de prevenir, retardar, modular ou reverter o processo de envelhecimento;
7. inúmeros estudos, de excelente qualidade científica, tem demonstrado a influência do estilo de vida saudável, das atividades físicas e da dieta balanceada para o que se convencionou chamar de envelhecimento bem-sucedido, ativo ou saudável, e que essas orientações jamais devem ser esquecidas na prática clínica. 



A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia posiciona-se apresentando as seguintes recomendações aos seus associados médicos e membros do Departamento de Gerontologia:



1) Diante da extensa literatura já publicada sobre o assunto e como ainda não existem evidências científicas de que o processo do envelhecimento seja causado pela redução da produção hormonal, está contraindicada a prescrição de terapia de reposição de hormônios como terapêutica antienvelhecimento com os objetivos de prevenir, retardar, modular e/ou reverter o processo de envelhecimento; prevenir a perda funcional da velhice; e prevenir doenças crônicas e promover o envelhecimento e/ou longevidade saudável (Nível de evidência A). 



2) Conforme determina a Resolução do CFM Nº 1.938 de 2010, é vedada a utilização do EDTA, procaína, vitaminas e antioxidantes como terapia antienvelhecimento, anticâncer, antiarteriosclerose ou voltadas para o tratamento de doenças crônicas degenerativas,. 



3) Existem evidências de que algumas vitaminas e antioxidantes podem aumentar o risco de câncer; portanto, a sua suplementação em idosos deve ser recomendada apenas nos casos de benefícios comprovados e/ou de deficiência documentada por exames confiáveis (nível de evidência A). 



4) Como não existem evidências de que a reposição de testosterona aumente a função e o desempenho físico e melhore a qualidade de vida e a funcionalidade do idoso (nível de evidência A), a reposição androgênica para homens de meia-idade e idosos deve ser indicada somente nos casos de deficiência clínica e laboratorialmente comprovada, em que os benefícios suplantem os riscos, respeitando-se a autonomia dos pacientes em recusar ou aceitar o tratamento, de conformidade com as diretrizes elaboradas pelas sociedades de especialidades médicas envolvidas (Endocrinologia, Urologia, Clínica Médica, Geriatria). 



5) A reposição estrogênica em mulheres no climatério e pós-menopausa pode aumentar o risco de doença cardiovascular e câncer (nível de evidência A); portanto, ela está indicada nos casos em que os benefícios suplantem os riscos, respeitando-se a autonomia das pacientes em recusar ou não o tratamento, e de acordo com as diretrizes estabelecidas pelas sociedades de especialidades médicas envolvidas (Endocrinologia, Ginecologia, Clínica Médica, Geriatria). 



6) As reposições de hormônios tiroidianos e adrenais devem se restringir aos casos de deficiências clínica e laboratorialmente comprovadas, pois não existem evidências de que a sua reposição, na ausência de deficiências, previna, retarde, module ou reverta o processo de envelhecimento, reduza a perda funcional na velhice, previna doenças crônicas, bem como contribua para o envelhecimento saudável (Nível de evidência B). 


7) A reposição de hormônio do crescimento deve ser indicada nos casos de deficiência clinica e laboratorialmente comprovada, pesando-se os riscos-benefícios. No caso de indivíduos idosos e de meia idade saudáveis, está contra-indicada a sua prescrição com o objetivo de reduzir os efeitos do envelhecimento, tendo em vista que, apesar de seus efeitos na constituição corporal, não existem evidências de que o hormônio do crescimento possa prevenir, retardar, modular ou reverter o processo de envelhecimento, reduzir a perda funcional da velhice, prevenir doenças crônicas ou mesmo contribua para o envelhecimento saudável. Além disso, o hormônio do crescimento pode causar sérios efeitos adversos, principalmente nos idosos com doenças crônicas. Dentre esses efeitos, os mais importantes são diabete, síndrome do túnel do carpo e atralgias (Nível de evidência A).



8) Existem evidências de que a reposição de hormônio do crescimento aumente a incidência de cânceres; portanto nos casos em que ela for recomendada, deve-se monitorar o paciente quanto a esses possíveis efeitos (nível de evidência C). 



9) A prescrição da DHEA (dehidroepiandrosterona) com os objetivos de prevenir, retardar, modular ou reverter o processo de envelhecimento, reduzir a perda funcional da velhice, prevenir doenças crônicas não deve ser indicada, pois não existem evidências que a justifiquem nessas situações (nível de evidência A). 



10) Não deve ser indicada a prescrição de hormônios conhecidos como “bioidênticos” para o tratamento antienvelhecimento, com vistas a retardar e/ou modular processo de envelhecimento, prevenir a perda funcional da velhice, prevenir doenças crônicas e promover o envelhecimento e/ou longevidade saudável. Isso porque não existem evidências de que esses medicamentos sejam mais seguros ou sequer que se mostrem eficazes para esses fins (nível de evidência B). 



11) Objetivando evitar danos a saúde da população, os associados da SBGG devem esclarecer à sociedade sobre a ausência de comprovação científica e posicionarem-se sobre outras modalidades de tratamento antienvelhecimento ou que retardem ou modulem o processo de envelhecimento, conforme determinado na Resolução do CFM Nº 1.938 de 2010. 



12) Os associados da SBGG devem estimular as políticas e as ações individuais para promoção da saúde do idoso e prevenção para o envelhecimento saudável, que já estão delineadas pela Organização Mundial de Saúde no programa “Envelhecimento Ativo”
(http://www.who.int/ageing/active_ageing/en/index.html), e que são baseadas não só em ações médicas, mas também em ações educativas que promovam estilos de vida saudáveis, participação social e preservação e adequação do meio ambiente (nível de evidência A).


Referências Bibliográficas: SBGG

Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 
Profª Drª Silvia Regina Mendes Pereira
Presidente da SBGG.

Fonte: SBGG

quinta-feira, 21 de junho de 2012

População da Terra Já Pesa 287 Milhões de Toneladas



Estudo dedicado à Rio+20 mostra que a população do planeta pesa 287 milhões de toneladas.
Por Sandra Malafaia

Duzentos e oitenta e sete milhões de toneladas. Este é o peso da população da Terra. Em estudo dedicado à Rio+20, pesquisadores da London School of Hygiene & Tropical Medicine mostraram que a epidemia da obesidade, que acomete diversos países, já transcende a saúde pública, afetando o equilíbrio do planeta.

De acordo com o estudo, desses 287 milhões de toneladas, 15 milhões se devem ao excesso de peso e 3,5 milhões à obesidade. A pesquisa também apontou os Estados Unidos como o país mais pesado da Terra, estando a maior parte do excesso de peso concentrada nos países ricos. Já a Coreia do Norte é o país mais leve, devido à fome.

Na 77ª posição na lista dos maiores índices de massa corporal do mundo (BMI, o indicador padrão para avaliar peso) está o Brasil. Ainda no estudo, elaborado em 2005, os brasileiros somam 3,10% das 287 milhões de toneladas, subindo para 4% no quesito “sobrepeso”. 

Exagero

O exagero no consumo de alimentos, segundo a pesquisa, diminui a expectativa de vida dos indivíduos e associa-se a padrões insustentáveis de exploração dos recursos naturais. Tudo isso aliado a mudanças climáticas, à perda de biodiversidade e degradação ambiental.

Os pesquisadores também utilizaram dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) e formularam uma tabela das nações mais gordas da Terra e seu índice de massa corporal em relação à distribuição da obesidade.

Assim, verificou-se que a Ásia, representante de 61% da população mundial, participa com apenas 13% do peso global. Um de seus países, a China, apesar de tão populosa, possui peso relativo por indivíduo muito menor nessa tabela. Outro país do mesmo continente, o Japão, foi destacado como o mais em forma do mundo, sendo que se todos tivessem o BMI dos japoneses, o peso total da humanidade reduziria em 5%.
O estudo foi publicado na revista científica “BMC Public Health”.

Veja, a seguir, a lista dos dez países mais pesados do mundo e a quantidade de adultos que eles concentram por tonelada. Em seguida, a escala dos dez mais leves:

Mais pesados:

·        Estados Unidos - 12,2
·        Kuwait - 12,9
·        Croácia - 13.1
·        Qatar – 13
·        Egito - 13.5
·        Emirados Árabes Unidos - 13,2
·        Trinidad e Tobago - 13.8
·        Argentina - 13.8
·        Grécia - 13.3
·        Bahrein - 13.6

Mais leves:

·        Coreia do Norte – 19
·        Camboja - 17.9
·        Burundi - 18.5
·        Nepal - 19.8
·        República Democrática do Congo - 18.7
·        Bangladesh - 20.2
·        Sri Lanka - 19.8
·        Etiópia - 18.9
·        Vietnã - 19.7
·        Eritreia - 19.2

Fonte: Abeso

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Como descartar corretamente materiais usados no tratamento do diabetes

Para pessoas portadoras de diabetes estes materiais são muito familiares, especialmente para quem usa insulina: seringas, agulhas, lancetas, frascos de insulina que às vezes quebram etc.
São considerados materiais perfurocortantes, pois são capazes de cortar ou perfurar e assim provocarem acidentes, com risco de contaminação.





Após o uso, estes materiais não podem ser jogados no lixo comum ou lixo domiciliar.
Devem ser guardados em uma caixa de papelão de paredes duras e oportunamente entregues a um profissional de saúde em um hospital, clínica ou unidade de saúde para serem descartados como lixo hospitalar. Recomenda-se que os materiais devam ser depositados na caixa até mais ou menos 2/3 de sua altura, ou seja, que não as encha completamente.





O lixo hospitalar é o lixo gerado em hospitais, clínicas e unidades de saúde e por serem potencialmente contaminantes são recolhidos por uma coleta especial da Prefeitura Municipal. Este lixo é acondicionado em sacos plásticos de cor branca contendo o símbolo internacional de material contaminado.
Em resumo: Para destinar corretamente para o lixo os materiais perfurocortantes utilizados no tratamento do diabetes, guarde-os em uma caixa de papelão e oportunamente entregue-os a um profissional de saúde em um hospital, clínica ou unidade de saúde para serem destinados ao lixo hospitalar.


Orientações Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA – RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004.


Fonte: SBD

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Entrevista com a Dra Renata Antonialli amanhã no MSTV 1ᵃ Edição


Amanhã (12/06) ao meio dia (12:00 horas), entrevista especial no "Dia dos Namorados" com a Dra. Renata Antonialli  no programa "MSTV 1ᵃ Edição" da TV Morena (filiada da rede Globo em MS).

Vale a pena conferir!!

Namorar engorda mesmo e estudos comprovam




Solteiros tem maior preocupação com a forma, por questão de aparência. Para emagrecer, o casal pode fazer atividade junto, inclusive, sexo.


A publicitária Paula Egas perdeu 7 kg nas últimas dez semanas. Com a ajuda do noivo Renato, que é cozinheiro profissional, ela adotou um novo cardápio, com refeições mais leves, usando cereais integrais, comendo de três em três horas. 


Mas nem sempre foi assim. No primeiro ano de namoro, a paulistana, que hoje mora em Curitiba, ganhou 15 kg. “Ele me conquistou pelo estômago”, brinca. No começo do namoro, há três anos, ela pesava 80 kg. Chegou a 105 kg, antes da dieta atual, e está com 98 kg no momento.

O caso de Paula é mais um relato de um problema comum que ocorre com pessoas após o início de um relacionamento estável. O ganho de peso nessas situações não é apenas um mito: é confirmado por estudos, segundo Adriano Segal, psiquiatra ligado à Associação Brasileira para Estudos da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).

“A alimentação no namoro já muda. São mais programas para restaurantes, programas mais caseiros, digamos”, aponta o médico. O especialista afirma que, embora aconteça também entre as mulheres, o ganho de peso na relação é mais comum nos homens. Segal indica alguns fatores para explicar o que acontece. Em primeiro lugar, os solteiros costumam ter uma preocupação maior com a forma por uma questão de aparência – eles querem se manter atraentes.

Entre os casados há um segundo fator: eles são, em média, mais velhos do que os solteiros, e essa diferença de idade já explica, em parte, a dificuldade de manter a forma. A partir do segundo filho, as mulheres e seus maridos apresentam tendência ainda maior de ganhar peso.

Em terceiro lugar, Segal aponta uma questão que atinge os homens solteiros e que moram sozinhos. Muitas vezes, eles não sabem cozinhar. Fora de casa, eles acabam fazendo menos refeições. Esta alimentação, embora não seja a mais saudável, tende a engordar menos.

Dicas para o casal

A relação a dois pode servir também como uma ajuda para recuperar a boa forma. “Especialmente se eles estiverem em uma boa relação, se cuidar estimula o outro a se cuidar também”, diz o psiquiatra.

A perda de peso passa por mudanças na alimentação e pela atividade física, e o casal pode se ajudar no processo. Na hora de jantar, Segal aconselha que os dois alterem o cardápio.

“Você não precisa comer a velha comida francesa toda vez que sai, pode comer algo mais saudável”, afirma. Em vez de fondue, que é muito gorduroso, o casal pode optar pela comida japonesa, por exemplo. Além disso, é preciso maneirar na bebida. O vinho é saudável quando se bebe apenas uma taça, mas o abuso leva ao ganho de peso.

É o que acontece com Paula e Renato. “Dieta não é fácil mesmo, mas com a ajuda do noivo, tudo está ficando mais fácil de levar. O apoio dele e a ajuda com o preparo dos alimentos são o que mais me estimula”, diz a publicitária.
Com o novo cardápio que Renato faz em casa, na versão "light", os dois estão perdendo peso. Paula diz que o noivo não tem o hábito de se pesar, mas que a aliança frouxa no dedo é um sinal da evolução.

As atividades físicas -- que Paula e Renato não fazem por falta de dinheiro para pagar a academia, segundo ela -- podem ser feitas em conjunto ou não, mas os dois deveriam praticar esportes, sugere o médico.

“As atividades de lazer podem ser em conjunto. Que seja uma caminhada, uma pedalada”, indica Segal. “Mas não há uma necessidade de fazer tudo junto. Sempre é bom ter um nível de individualidade”, pondera.

A individualidade só não vale para uma atividade específica, que não pode ser ignorada. “O sexo conta, sim, enquanto exercício físico. Uma noitada boa pode queimar muitas calorias”, afirma o médico.


*Colaborou Luna D'Alama 

Fonte: G1.com