Bem vindos ao blog Endocrinologia em Pauta! Nele você encontrará um conteúdo fidedigno, atualizado, notícias e curiosidades para as pessoas que se interessam pos assuntos relacionados à Endocrinologia, Nutrição e Saúde em geral.


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Números da Obesidade no Brasil


Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou uma pesquisa que revela que quase metade da população brasileira está acima do peso. Segundo o estudo, 42,7% da população estavam acima do peso no ano de 2006. Em 2011, esse número passou para 48,5%. O levantamento é da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), e os dados foram coletados em 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.

De acordo com a Dra. Rosana Radominski, presidente do Departamento de Obesidade da SBEM, os novos resultados não são novidade, se comparados com os de 2010. “O dado agravante é o aumento de mais de 0,5% do excesso de peso e da obesidade em um ano. Isso é alarmante, se formos extrapolar os dados para os próximos dez anos”, alerta a especialista.

O estudo também revelou que o sobrepeso é maior entre os homens. 52,6% deles estão acima do peso ideal. Entre as mulheres, esse valor é de 44,7%. A pesquisa também diz que o excesso de peso nos homens começa na juventude: na idade de 18 a 24 anos, 29,4% já estão acima do peso; entre 25 e 34 anos são 55%; e  entre 34 e 65 anos esse número sobe para 63%.

Já entre as mulheres, 25,4% apresentam sobrepeso entre 18 e 24 anos; 39,9% entre 25 e 34 anos; e, entre 45 e 54 anos, o valor mais que dobra, se comparando com a juventude, passando para 55,9%. De acordo com Dra. Rosana, as mulheres por natureza têm maior adiposidade e menor massa muscular do que os homens e estas alterações são hormônio - dependente (estrogênios x testosterona). Já os homens têm maior tendência à adiposidade visceral (gordura abdominal), mesmo quando em sobrepeso. “Isto é tão ou mais preocupante que o aumento de peso nas mulheres, já que é fato a relação da obesidade visceral e doenças cardiovasculares, diabetes, dislipidemias e alta mortalidade”, alerta a médica. A especialista ainda cita dos prejuízos que esse aumento pode representar para saúde de um modo geral e para a qualidade de vida da população. “No Brasil não existem dados concretos publicados sobre os custos diretos e indiretos relacionados à obesidade e suas complicações, mas tomando como exemplo o que acontece em países como os Estados Unidos, estes custos que já são altíssimos, e tendem a ficar ainda maiores”, explica.
Dra. Rosana comenta também que o governo brasileiro está começando a se preocupar com essa questão, tanto que em março foi divulgado um programa de combate e prevenção às doenças crônicas e um projeto para prevenção de obesidade. “Esperamos que estes programas tenham continuidade e sejam duradouros, porque os resultados levam anos para aparecer. Nos Estados Unidos, campanhas contra obesidade infantil que foram iniciadas há cinco anos, só começam a dar tímidos resultados agora”, explica endocrinologista.

A Alimentação do Brasileiro
A pesquisa do Ministério da Saúde revela também que 34,6% dos brasileiros comem em excesso carnes com gordura e mais da metade da população (56,9%) bebe leite integral regularmente, tornando esse fator um dos principais responsáveis do excesso de peso e da obesidade no Brasil. Além disso, 29,8% dos brasileiros consumem refrigerantes pelo menos cinco vezes por semana. Por outro lado, apenas 20,2% ingerem a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde de cinco ou mais porções por dia de frutas e hortaliças.
“Os hábitos alimentares do brasileiro não mudam, comemos poucas frutas e verduras desde sempre. Nós não estamos comendo menos frutas e vegetais hoje do que há anos atrás. Da mesma forma que a carne gordurosa é a preferência nacional há muito tempo. O que tem mudado ao longo dos anos é o aumento do consumo de alimentos refinados, industrializados e produtos "prontos" para uso com alto teor calórico”, diz a Dra. Rosana.
O levantamento mostra, também, que apesar de "comerem mal", os homens se exercitam mais do que as mulheres: 39,6% dos homens fazem exercícios com regularidade e entre as mulheres, a frequência é de 22,4%. O percentual de homens sedentários no Brasil passou de 16% em 2009 para 14,1% em 2011.

De acordo com o Ministério da Saúde, o sedentarismo aumenta com a idade. Entre homens entre 18 e 24 anos, 60,1% praticam exercícios. Esse percentual reduz para menos da metade aos 65 anos (27,5%). Entre mulheres de 25 a 45 anos, 24,6% se exercitam regularmente. A proporção é de apenas 18,9% entre mulheres com mais de 65 anos.
“Apesar dos números, o sedentarismo no Brasil não diminuiu muito, se analisarmos os dados anteriores fica difícil essa conclusão. O fato dos homens usarem seu tempo de lazer fazendo atividade física também é cultural, isso não quer dizer que façam exercícios regularmente. A atividade física é igual entre os sexos, mas o tempo na frente da TV é maior entre os homens. As mulheres com maior escolaridade são as mais conscientes dos problemas relacionados ao peso e procuram fazer atividades programadas”, conclui a especialista.

Os Números nas Capitais
Segundo o Ministério da Saúde, Porto Alegre é a capital que possui a maior quantidade de pessoas com excesso de peso (55,4%), seguida por Fortaleza (53,7) e Maceió (53,1). Já na lista das capitais que possuem o menor índice de pessoas com sobrepeso estão São Luís (39,8%), Palmas (40,3%), Teresina (44,5%) e Aracaju (44,5%). São Paulo apresenta 47,9% de pessoas com excesso de peso. A proporção no Rio de Janeiro é de 49,6%, e no Distrito Federal é de 49,1%.

Já a capital com mais obesos é Macapá (21,4%), seguida por Porto Alegre (19,6%), Natal (18,5%) e Fortaleza (18,4%). As capitais com menor quantidade de obesos são: Palmas (12,5%), Teresina (12,8) e São Luís (12,9%).
Em São Paulo, a proporção de obesos é de 15,5%, no Rio de Janeiro é percentual é de 16,5% e no Distrito Federal os obesos representam 15% da população.
Fonte: Sbem

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Números do Diabetes no Brasil


Foi divulgado, na semana passada, no site da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o novo número de pacientes com diabetes no Brasil: 12.054.827. Os dados são resultado da atualização dos números do Censo de Diabetes, do final da década de 80, baseado no Censo IBGE 2010. O levantamento e a atualização foram feitos pelo editor-chefe do site, Dr. Laerte Damasceno.

De acordo com a publicação no site da SBD, o professor Titular da Disciplina de Endocrinologia da UNIFESP, Antonio Roberto Chacra, declarou que esse número deve ser divulgado, e se tornar um tipo de referência para os pacientes com diabetes no Brasil. 

Já a professora Sandra Roberta Ferreira Vívolo, Titular da Faculdade de Saúde Pública, da USP e Coordenadora do Departamento de Epidemiologia da SBD, acredita que a iniciativa tomada pelo Dr. Laerte deve ser um marco no diálogo sobre número quando o assunto é diabetes mellitus (DM). “A informação sobre quantos brasileiros apresentam diabetes é de grande relevância para compreender a situação atual da nossa população, mas, acima de tudo, planejar o futuro visando prevenir o “anunciado” agravamento da situação”, disse a especialista.
Na matéria, Dra. Sandra explica ainda que este agravamento é, em grande parte, atribuído ao moderno estilo de vida que aumenta a adiposidade corporal. “Embora muito se tenha avançado no tratamento farmacológico do DM, ninguém questiona a afirmação de que o grau de controle está bem aquém do desejado”, declarou a especialista.
Por sua vez, o presidente da SBD, Dr. Balduino Tschiedel, afirmou que a partir de agora 12 milhões será o número oficial de pacientes com diabetes no Brasil e que esse número será o utilizado pela Sociedade Brasileira de Diabetes.

Fonte: SBEM

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Entrevista com Dra. Renata Antonialli falando sobre alterações na tireóide


Hoje no programa "Médico da Família" no SBT às 17:30 horas, será exibida uma entrevista com a Dra. Renata Antonialli, falando a respeito das alterações da glândula tireóide.

Não percam!!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Testosterona de torcedores aumenta durante jogo de futebol, diz pesquisa



Variação hormonal mostra que espectadores se preparam para o desafio.
Dados para estudo foram obtidos na final da Copa do Mundo de 2010.



Para o cientista austríaco Konrad Lorenz, um dos maiores especialistas em comportamento animal da história, o esporte serve como uma válvula de escape para o ser humano, que é agressivo por natureza. Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (18) mostra dentro do corpo como a teoria pode fazer sentido.


Cientistas mediram os níveis de testosterona (o hormônio masculino) e cortisol (o que controla o estresse) em 50 torcedores espanhóis na final da Copa do Mundo de 2010, e descobriu que o nível dos dois aumenta simplesmente ao ver a partida, independentemente do resultado.
Na ocasião, a seleção do país venceu a Holanda por 1 a 0, na prorrogação, e venceu o título inédito.
Os dois hormônios têm várias funções, mas foram escolhidos para o estudo porque preparam o corpo para situações de competitividade. Biologicamente, é como se os espectadores da partida estivessem se preparando eles mesmos para o desafio.
Os níveis de testosterona tiveram uma variação parecida entre todos os participantes – independentemente de sexo, idade ou gosto pelo futebol –, em comparação com os dias normais. Já o cortisol subiu mais entre os jovens e os que mais torcem pela seleção espanhola, sinal de que estes grupos viam uma possível derrota como uma ameaça à estima social deles próprios.
Sílvio Ricardo da Silva, coordenador do Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas (Gefut), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), não se surpreendeu com os resultados da pesquisa.
“A experiência que nós temos com o estádio nos mostra que deve haver alguma explicação do ponto de vista bioquímico e fisiológico que faz com que o torcedor sinta aquela emoção”, opinou o professor de educação física.
O estudo foi conduzido por especialistas da Universidade de Valência, na Espanha, e da Universidade Livre de Amsterdã, na Holanda
Fonte: G1.com

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Pressão por melhores resultados contribui para os Transtornos Alimentares no esporte


O assunto “Transtornos Alimentares” (TAs) não é muito falado no âmbito do esporte, mas deveria, segundo pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) publicada na Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. Pressão de treinadores e pais no anseio por melhores resultados, vestimentas que salientam a forma corporal, ênfase dada à magreza e perda de peso são alguns dos fatores que contribuem para o desencadeamento dos TAs nos atletas.

Intitulada “Comparação da insatisfação corporal e do comportamento alimentar inadequado em atletas adolescentes de diferentes modalidades esportivas”, a pesquisa – feita por Leonardo de Sousa Fortes e Maria Elisa Caputo Ferreira –, analisou atletas dos sexos feminino e masculino.

Anorexia

De acordo com o estudo, a anorexia nervosa, um caso de TA, é bastante comum entre adolescentes do sexo feminino e pode ser caracterizada por restrição alimentar, vômitos forçados após refeições, medo excessivo de engordar e uso de remédios para emagrecer.  



Já as modalidades que necessitam de leveza de movimentos, baixa percentagem de gordura corporal e baixo peso corporal – como ginástica artística, ginástica rítmica, triathlon, nado sincronizado e saltos ornamentais – ou aquelas que são divididas por categorias de peso como judô, ‘taek-won-do’ e karatê, ou ainda as que dependem de avaliações externas feitas por juízes são consideradas de risco para o desencadeamento de TAs.

A competitividade dos atletas é outra causa para uma alimentação errada. Contudo, os autores alertam para o fato de que “apesar destas suposições, os estudos já realizados não têm sido totalmente conclusivos quanto aos seus resultados, deixando ainda uma lacuna do conhecimento,se de fato, atletas de modalidades consideradas de ‘alto risco’ são mais insatisfeitos e se estes apresentam maiores índices de comportamentos alimentares inadequados que atletas de esportes ditos de ‘baixo risco’ para tais desfechos”.

Na questão sobre a insatisfação corporal, os pesquisadores observaram que basquetebolistas do sexo masculino eram mais insatisfeitos com o corpo que atletas de handebol. Por outro lado, não houve diferença desta variável afetiva nos diferentes grupos de nível competitivo, nem entre modalidades esportivas do sexo feminino”. 

Outra observação do estudo foi a maior prevalência de comportamento alimentar de risco para TAs entre atletas que competiam no âmbito regional.

Apesar da amostra da pesquisa ter incluído 580 atletas, algumas modalidades esportivas, comoesgrima e saltos ornamentais, tiveram poucos representantes, fato que limitou a análise, segundo os pesquisadores.

Além disso, outro obstáculo para a realização do estudo foi “a subcultura de desconfiança". Segundo Leonardo e Maria Elisa, os treinadores não reconhecem a importância deste tipo de estudo e geralmente negam a participação voluntária de sua equipe. 

Fonte: Abeso

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O que você precisa saber sobre Reposição Hormonal Feminina

Embora seja uma fase natural da vida para todas as mulheres, a menopausa - fase em que o corpo para de produzir os hormônios estrógeno e progesterona- é vista de modo negativo por muitas mulheres pelo fato dela vir acompanhada de sintomas desagradáveis. Pensando nisso foi desenvolvido um tratamento para aliviar essa etapa, a chamada terapia de reposição hormonal. Confira abaixo 10 coisas que você precisa saber sobre esse tratamento.

1.    De acordo com o Comitê de Nomenclaturas da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, a menopausa é a fase em que a mulher passa do estágio reprodutivo para o não reprodutivo.

2.        Os principais sintomas que identificam a menopausa começam a acontecer entre 45 e 55 anos. 

3.     Os principais sintomas dessa fase são a parada das menstruações, ondas de calor e suores noturnos, insônia, diminuição no desejo sexual, irritabilidade, depressão, osteoporose, ressecamento vaginal, dor durante o ato sexual e diminuição da atenção e memória. Esses sinais podem variar de mulher para mulher.

4.      A diminuição na produção hormonal na menopausa aumenta as chances do aparecimento de doenças cardiovasculares e da osteoporose.

5.    O tratamento existe com a finalidade de aliviar os sintomas e não de cessar o processo da menopausa.

6.        As doenças cardiovasculares e a osteoporose também podem ser prevenidas com o tratamento, já que melhora a quantidade do cálcio no esqueleto, age beneficamente nos níveis do colesterol bom (HDL) e diminui a possibilidade de doença coronariana.

7.       O tratamento é geralmente realizado com dosagens relativamente baixas de estrógenos, por via oral ou transdérmica (adesivos sobre a pele ou gel).

8.       O tratamento também pode ser feito com implantes hormonais, método menos utilizado no nosso meio. 

9.       Para as mulheres que retiraram o seu útero, não há necessidade da reposição da progesterona. Já as pacientes que não fizeram esse procedimento devem receber, além do estrogênio, a progesterona ou um progestágeno sintético. 

10.    Não há consenso quanto ao tempo que deve ser mantida a terapia hormonal, que deve ser decidido caso a caso.

Fonte: SBEM