Bem vindos ao blog Endocrinologia em Pauta! Nele você encontrará um conteúdo fidedigno, atualizado, notícias e curiosidades para as pessoas que se interessam pos assuntos relacionados à Endocrinologia, Nutrição e Saúde em geral.


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Parabéns a todos os Nutricionistas!


Hoje, dia 31 de Agosto, é comemorado o Dia do Nutricionista. Essa data foi escolhida em virtude da criação da Associação Brasileira de Nutricionistas – ABN, que ocorreu no mesmo dia, no ano de 1949. Essa Associação foi substituída pela Federação Brasileira de Nutricionistas e atualmente, pela Associação Brasileira de Nutrição – ASBRAN. Desde essa data que o Sistema Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas – CFN/CRN comemora o Dia do Nutricionista com diversas atividades nos Estados. (Texto: CFN - 2005)

O nutricionista é um profissional de saúde que está capacitado para atuar visando à segurança alimentar e à atenção dietética, em todas as áreas do conhecimento em que a alimentação e a nutrição se apresentem fundamentais para a promoção, manutenção e recuperação da saúde e para a prevenção de doenças de indivíduos ou grupos populacionais. 

Sua atuação contribui para a melhoria da qualidade de vida e deve ser pautada em princípios éticos, com reflexões sobre a realidade econômica, política, social e cultural do país.

Parabéns a todos esse profissionais tão importantes que atuam direta e/ou indiretamente no nosso cotidiano trabalhando, estudando e promovendo para melhorar a saúde da população!!

Att.
Renata Antonialli

Fonte: ASBRAN, Wikipedia

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

29 de agosto: Dia Nacional de Combate ao Fumo

O tabagismo é um problema sério e que mata milhões de pessoas ao ano. Como uma forma de conscientizar a população dos riscos do cigarro, hoje comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

Só para lembrar, as doenças mais associadas ao cigarro são: doenças repiratórias (DPOC e enfisema), doenças cardiovasculares, AVCs, doença vascular periférica, impotência sexual, e várias formas de câncer, como o câncer de pulmão.

Em nossa capital, várias atividades estão sendo desenvolvidas para ajudar àqueles que querem abandonar o vício.

Hoje na praça esportiva Belmar Fidalgo, no período das 18:00 às 20:00 horas, uma equipe do Programa Municipal de Prevenção e Controle do Tabagismo juntamente com a participação da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) estarão no local orientando a população e esclarecendo dúvidas sobre o assunto e o serviço oferecido pela Secretaria de Saúde para quem quer parar de fumar.

Junte-se nessa corrente CONTRA O TABAGISMO!!

Att.
Renata Antonialli

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A Secretaria de Saúde de Campo Grande realiza neste fim de semana, uma campanha para lembrar a Lei Anti-Fumo e conscientizar a população campo-grandense dos malefícios que o cigarro e outros produtos derivados trazem a saúde humana.

A Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) de Campo Grande iniciou nesta sexta-feira (20/08), uma campanha para lembrar a Lei Anti-Fumo, e principalmente, para conscientizar a população campo-grandense dos malefícios que o cigarro e outros produtos derivados, trazem a saúde humana.

De acordo com as informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG), a campanha e a mobilização realizada pela SESAU prosseguem também neste sábado (21/08), quando técnicos da secretaria percorrerão diversos estabelecimentos comerciais da cidade, para verificar se a Lei está sendo realmente cumprida.

Os técnicos da SESAU visitarão principalmente bares e restaurantes de Campo Grande, para verificarem se a Lei Municipal nº 150/2009, que proíbe o consumo de produtos fumígenos (fumo) derivados ou não do tabaco, em recintos fechados de uso coletivo, está sendo cumprido.

A blitz a ser realizado pelos técnicos da secretaria está prevista para começar à 22 horas (horário local) deste sábado, e eles darão prioridades para bares que ficam nas proximidades de universidades, como a Uniderp/Anhanguera e a Univerisdade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). No entanto, também serão visitados os seguintes bares e restaurantes: Miça, Santo Mé, Café Mostarda, Barbaquá, Bodega e Meet Bar.

O objetivo da campanha é conscientizar a população campo-grandense em respeitar a Lei Anti-Fumo, e principalmente, alertar sobre os malefícios que o tabaco faz ao organismo humano.

Para comprovar se as pessoas e o estabelecimento comercial estariam desrespeitando a legislação municipal, os técnicos da SESAU usarão um equipamento denominado “monoxímetro”, também conhecido como “fumômetro” ou “bafômetro de cigarro”, usado para medir a quantidade de monóxido de carbono no pulmão do fumante.

Para comemorar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, a SESAU e a Prefeitura realizarão no dia 30 de agosto, das 08h às 12h, na Praça Ary Coelho, no Centro de Campo Grande, uma série de eventos, com apresentações musicais e teatrais. Também haverá a presença de técnicos e acadêmicos das seguintes instituições: SESAU, SES, INCRA, FUNASA, UFMS e Uniderp/Anhanguera.

Mulher engorda ao se casar, homem quando se divorcia, revela estudo

Pesquisa mostra diferença de ganho de peso entre os sexos

Pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, revela que mulheres tendem a ganhar mais peso durante o casamento, enquanto que os homens engordam após o divórcio. Os dados do estudo foram apresentados no Encontro Anual da Associação de Sociologia Norte-Americana, que ocorreu no último dia 22 de agosto, em Las Vegas.

Segundo Dmitry Tumin, autor principal da pesquisa, tanto o casamento quanto o divórcio podem acarretar aumento de peso, especialmente se o casal tiver mais de 30 anos de idade. Nos dois casos, os quilos a mais – adquiridos além da conta – podem causar riscos extremos à saúde.

De acordo com Zhenchao Qian, colega de Tumin e co-autor da pesquisa, os estudos anteriores sobre o assunto estabeleceram médias para as mudanças. Assim, os resultados mascaravam tanto os que perdiam peso, quanto os que engordavam muito.

Qual a Razão?

Os pesquisadores não se arriscaram a apontar um motivo para a diferença no ganho de peso entre os sexos, mas opinam que as mulheres casadas possuem mais tarefas em casa do que os homens. Dessa forma, têm menos tempo para se dedicarem a exercícios físicos. Já quanto aos homens, o descuido com a saúde se destaca após se divorciarem.

A pesquisa contou com dados do National Longitudinal Survey (NLS) sobre homens e mulheres na faixa etária entre 14 e 22 anos, em 1979. Eles foram acompanhados durante todos os anos até 1994 e, a partir daí, a cada dois anos.

Tumin e Qian escolheram 10.071 pessoas, catalogadas pelo NLS, entre 1986 e 2008, e determinaram o ganho de peso após dois anos do divórcio ou do início do casamento.

Foram descontados efeitos de mudanças na vida dos entrevistados, como gravidez, educação, pobreza e status socioeconômico. O resultado evidenciou o mesmo padrão: a tendência a engordar só aumenta depois dos 30 anos de idade, sendo para as mulheres sempre após o casamento e para os homens ao se divorciarem.

No entanto, segundo a Dra. Rosana Radominski, presidente da ABESO, no Brasil a situação é diferente. “Embora não tenhamos uma pesquisa séria nesse assunto, nossa experiência aponta que o homem tende a engordar, enquanto a mulher a se cuidar mais”, afirma.

Fonte: ABESO


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Será que a Sibutramina vai escapar?


Anvisa Perto da Decisão sobre Medicamentos Antiobesidade

Anvisa deve decidir pela permanência da sibutramina no mercado, segundo a Folha de São Paulo.

Vejam a reportagem abaixo que saiu essa semana a respeito da proibição dos anorexígenos anfetamínicos e da sibutramina por parte da ANVISA. 

Parece que a sibutramina vai escapar. Será??

Para ler outros posts sobre esse assunto, clique aqui e/ou aqui

Att.
Renata Antonialli

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Por Beth Santos

O jornal Folha de São Paulo publica nota na edição desta quarta-feira, 24 de agosto, em que afirma que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) “deve recuar da decisão inicial de proibir todos os remédios para emagrecer”. A decisão seria tomada, afirma a Folha, em votação da diretoria no próximo dia 30.Segundo a notícia publicada na coluna de Mônica Bergamo, a Agência já tem em mãos parecer técnico que retiraria derivados anfetamínicos do mercado brasileiro (cita o femproporex e dietilpropiona), mas permite que a sibutramina continue a ser comercializada no país.A nota comenta que “embora proibida em países da Europa”, no Brasil ela seria submetida apenas a um controle mais rígido, como reivindicam os especialistas brasileiros. Isto significaria que “ao receitá-la, o médico teria que assinar um termo de responsabilidade. E o paciente, outro termo dizendo que recebeu todas as informações sobre os riscos do uso da substância”. Especialmente, prossegue, “em pacientes com cardiopatia pré-existente”.

A Polêmica

Tudo começou, no Brasil, quando a Anvisa apresentou, no início de 2011, uma proposta de cancelamento do registro dos fármacos antiobesidade. A proposta foi apresentada em reunião no dia 9 de fevereiro, para a qual foram convocadas diversas entidades interessadas no assunto – a ABESO, entre elas. Era a preparação para a consulta pública realizada na Agência dia 23/02.A partir daí, houve uma sucessão de comunicados das entidades, abaixo-assinados online, artigos publicados na imprensa (incluindo a revista ABESO) e de consultas públicas no Senado e na Câmara. Foi enorme a mobilização dos especialistas na defesa de suas convicções e na tentativa de assegurar “ao paciente, o direito ao tratamento e, ao médico, a possibilidade da escolha ética do medicamento”, como disseram a presidente da ABESO, Dra. Rosana Radominski, e o editor da revista ABESO, Dr. Henrique Suplicy, em editorial conjunto na mais recente edição da revista.

Fonte: Abeso, Folha de São Paulo 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Os Perigos do Bisfenol A


Usado em grande parte da produção de plástico, o Bisfenol A (BPA), é um composto utilizado na fabricação de polibicarbonato. Além do plástico, o BPA também está presente na resina epóxi, presente na fabricação do revestimento de latas que armazenam alimentos, evitando a ferrugem e a contaminação externa.

campanha Diga não ao bisfenol A, a vida não tem plano Bcriada pelo GTDE (Grupo de Trabalho em Desreguladores Endócrinos) em 2010, da SBEM-SP, tem o intuito de divulgar informações sobre o tema para a classe média, governo, indústria e comunidade. O objetivo da ação é banir o BPA de produtos infantis e de embalagens de alimentos, até que haja evidências de que o bisfenol A não é nocivo a saúde.

Estudos dizem que, quando a substância entra em contato com o organismo, principalmente antes do nascimento, pode afetar o sistema endócrino alterando a ação de hormônios produzidos pelo corpo, trazendo danos a saúde, como, infertilidade, modificações do desenvolvimento de órgãos sexuais internos, endometriose e câncer. Segundo as pesquisas, a contaminação é mais prejudicial nas fases de desenvolvimento do organismo, com isso, a ingestão do BPA deve ser evitada, especialmente, por gestantes, crianças e adolescentes.

Confira algumas formas de evitar a exposição do Bisfenol A:

• Use mamadeiras e utensílios de vidro ou BPA Free para os bebês
• Jamais esquente no microondas bebidas e alimentos acondicionados no plástico. O bisfenol A é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido.
• Evitar levar ao freezer alimentos e bebidas acondicionadas no plástico. A liberação do composto também é mais intenso quando há um resfriamento do plástico.
• Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos.
• Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças.
• Caso utilize embalagens plásticas para acondicionar alimentos ou bebidas, evite aquelas que tenham os símbolos de reciclagem com números 3 e 7 no seu interior e na parte posterior da embalagem. Eles indicam que a embalagem contem ou pode conter o BPA na sua composição.


Outras posts sobre o Bisfenol A, clique aqui e/ou aqui
Fonte: SBEM

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dra. Renata Antonialli fala ao jornal Correio do Estado a respeito da importância do controle do Hipotireoidismo

Hoje (24/08), no Jornal "Correio do Estado", saiu uma matéria sobre o Hipotireoidismo no Brasil, onde eu comento a respeito do assunto e um pouco sobre a pesquisa que postei ontem no blog (para saber mais, clique aqui).

Vale a pena conferir a matéria!!

Att.
Renata Antonialli

** Errata: o hipotireoidismo materno, durante a gestação, apesar de poder acarretar em atraso do crescimento e alterações neurológicas no recém-nascido, não evoluiu para hipotireoidismo congênito (este último tem outras etiologias).

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pesquisa revela que Hipotireoidismo está mal controlado no Brasil

Quase metade dos pacientes (46,6%) que tomam remédios contra hipotireoidismo não controla a doença.

Esse é o resultado preliminar do primeiro levantamento em grande escala no Brasil sobre o tratamento da doença, apresentado no Congresso da Sociedade Latino-Americana de Tireoide em Lima, no Peru, neste mês.

O estudo foi feito com 1.231 pacientes com idade média de 53 anos, acompanhados em hospitais de quatro universidades: UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Unicamp, Universidade Federal do Paraná e Universidade Federal do Ceará.

O hipotireoidismo é um distúrbio caracterizado por uma menor atividade da glândula tireoide, que produz hormônios responsáveis por estimular o metabolismo e o trabalho celular.

Segundo o coordenador do estudo, Mario Vaisman, professor de endocrinologia da UFRJ, o problema é que muitas pessoas tomam o remédio fora do intervalo correto (30 minutos antes do café da manhã) ou o tomam junto com outros remédios, o que prejudica a absorção do hormônio.

Mas o grande problema, de acordo com Laura Ward, presidente do departamento de tireoide da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), é a falta de adesão ao tratamento. A principal causa disso, diz a médica, é um dos sintomas da doença: o esquecimento. "O que vemos na prática é pessoas que tomam um dia sim e três não. Como não sentem dor, não levam a sério."

O problema, no entanto, pode ter consequências graves a longo prazo, como insuficiência cardíaca.

Para ver a reportagem completa, clique aqui

Fonte: Folha.com

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Você sabe o que é Pé Diabético?

Calcula-se que metade dos pacientes com mais de 60 anos apresente o chamado pé diabético”. Uma doença que pode ser evitada e está entre as complicações mais comuns em quem possui o diabetes mal controlado.

Assista a reportagem abaixo do Dr Walter Minicucci e saiba mais sobre o assunto.




Gostou? Então clique aqui e veja mais algumas dicas.

Fonte: SBD

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Coca-Cola Tem a Ver com Saúde?

Parceria entre governo e Coca-Cola, em campanha contra obesidade, gera polêmica


Sempre se ouviu dizer que Coca-Cola engorda. Por conta disso, está havendo uma polêmica em torno de uma parceria do governo federal com essa marca de refrigerantes em projeto contra a obesidade.

Intitulado Emagrece
Brasil, o projeto, liderado por duas revistas da editora Abril, conta com o apoio dos ministérios da Saúde, dos Esportes e da Educação e tem a Coca-Cola como principal patrocinadora.

De acordo com o hotsite da campanha, o objetivo é fazer uma revolução no combate ao excesso de peso e ao sedentarismo e reunir o maior número de pessoas dispostas a melhorar seus hábitos para conquistar um peso adequado, ganhando saúde e disposição por meio de uma alimentação equilibrada e da prática de atividade física.

Mas onde a Coca-Cola entraria nisso? Segundo parte da resposta da famosa marca de bebidas (leia a íntegra no final deste texto), a quantidade de açúcar e calorias dos refrigerantes é, aproximadamente, a mesma encontrada em diversos sucos de fruta. Além disso, eles “podem contribuir também para a demanda de carboidrato, combustível que fornece energia necessária às atividades diárias”.

No entanto, para Carlos Augusto Monteiro, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), “tal iniciativa é emblemática do crescente assédio da indústria de alimentos calóricos, ricos em açúcar e gordura e pouco nutritivos, às autoridades de saúde em todo o mundo”.

Segundo o professor da USP, a finalidade dessa aproximação, por meio de patrocínio a ações de fundações, entidades e governos, é ganhar aliados contra projetos de lei que têm sido realizados para sobretaxar esses tipos de alimentos e bebidas em países da Europa e nos Estados Unidos.

Para se ter uma ideia, o apoio de fábricas de chocolates e de outros produtos nada saudáveis a entidades dedicadas ao bem-estar infantil (como a Save The Children e a Associação Americana de Diabetes) tem sido muito criticado em diversos artigos publicados em revistas especializadas do mundo inteiro.

Dados oficiais evidenciam que, no Brasil, 44,3% das mulheres estão acima do peso. Entre os homens, a taxa já chegou a mais da metade (52,1%).

Na opinião de Carlos Augusto Monteiro, o Ministério da Saúde deveria incentivar os produtores de alimentos saudáveis, como frutas e verduras, e pressionar áreas do governo para elevar alíquotas de impostos a fabricantes como a Coca-Cola, entre outros.

A resposta da Coca-Cola

Sobre toda essa polêmica, a Cola-Cola se pronunciou, respondendo:

“A Coca-Cola Brasil não concorda que os refrigerantes estejam ligados à obesidade. Refrigerantes podem fazer parte de um estilo de vida saudável – que inclua uma variedade de alimentos, além de atividade física – mas não devem ser a única fonte de hidratação. Eles ajudam a matar a sede e a suprir, no organismo, a dose diária de líquidos. Podem contribuir também para satisfazer a demanda de carboidrato, combustível que fornece a energia necessária às atividades diárias.

A boa saúde depende do equilíbrio entre as calorias consumidas e o que queimamos por meio da atividade física. Este equilíbrio varia de pessoa para pessoa. A quantidade de açúcar e calorias dos refrigerantes, suficiente para realçar o sabor da bebida, é aproximadamente a mesma encontrada em diversos sucos de fruta. Sucos como de maçã, laranja e uva podem conter mais açúcar ou a mesma quantidade que os refrigerantes. Algumas frutas como a banana são também ricas em açúcar. Açúcar provém da cana e é um nutriente energético. Portanto, tem valor nutritivo. A não ser quando ingerido em excesso (como qualquer outro nutriente) o consumo de açúcar não traz qualquer inconveniente à saúde. Pessoas que não podem ou não querem ingerir açúcar, nos refrigerantes, podem optar pelos refrigerantes dietéticos ou de baixa caloria”.

Fonte: Abeso

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Redução inicial de peso já traz inúmeros benefícios para a saúde

Quem está muito acima do peso e começa a perder gordura, logo chama a atenção pela melhora imediata na aparência. Mas o novo visual é apenas um dos benefícios para aqueles que começam a emagrecer. Na verdade, a combinação de exercícios físicos com alimentação correta já traz vantagens logo nos primeiros quilos perdidos.

Escute a reportagem de Débora Rocha ou leia a matéria completa aqui

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Hábitos alimentares errôneos causam obesidade em 10% das crianças brasileiras



Uma entre cada dez crianças ou adolescentes está acima do peso no Brasil. Mas onde está o erro na educação alimentar dos filhos?

É com essa chamada que a TV Morena (rede filial da emissora Globo em Mato Grosso do Sul) chamou atenção para o problema da obesidade infantil no Brasil e em nossa região.

Em alguns países como os EUA e a África do Sul, a obesidade infantil já é encarada como um problema de saúde pública, sendo fortemente combatida com políticas públicas.

Em nosso país, ainda precisamos melhorar muito nesse aspecto de controle, tratamento e prevenção da obesidade infantil.

Vale a pena assistir a reportagem completa aqui.

Att.
Renata Antonialli

Fonte: TV Morena

Conselho Federal de Medicina faz alerta à sociedade sobre riscos de proibir uso de inibidores de apetite

O CFM (Conselho Federal de Medicina) divulgou uma nota pública na quinta-feira (11) onde lista suas considerações contra uma possível decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de suspender o comércio de inibidores de apetite no país.

O anúncio da decisão deve ser feito no fim deste mês, segundo a Anvisa.

O documento do CFM foi enviado ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, aos presidentes do Senado e da Câmara e a outras autoridades.

No texto, entre os alertas, o CFM diz que a Vigilância Sanitária desconsidera seus argumentos. Leia a nota na íntegra:

"Tendo em vista a possível proibição do comércio da sibutramina e de outros três inibidores de apetite (anfepramona, femproporex e mazindol), medida defendida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e crescente epidemia de obesidade que assola o país (o IBGE aponta que 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres apresentam este quadro), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) manifestam publicamente seu posicionamento pelos seguintes motivos:

1. A interdição da venda dessas substâncias representa uma interferência direta na autonomia de médicos e de pacientes na escolha de métodos terapêuticos reconhecidos cientificamente para tratar problemas graves de obesidade;

2. Os médicos têm o direito de - dentro de práticas reconhecidas e segundo a legislação vigente - prescrever o tratamento adequado, em acordo com seu paciente, sendo o uso de medicação específica uma possibilidade;

3. A confirmação dessa medida pode contribuir para o agravamento de quadros de saúde de pacientes com dificuldade de reduzir o peso corporal apenas com adoção de dietas e da prática de exercícios, abordagens importantes, mas nem sempre suficientes;

4. A impossibilidade de uso dessas substâncias pode ainda agravar doenças já diagnosticadas e aumentar o risco de aparecimento de outras, que, em casos extremos, podem causar a morte de milhares de brasileiros que lutam contra o peso acima dos padrões da normalidade;

5. As entidades médicas participaram ativamente de reuniões e debates na Anvisa onde expuseram seus pontos de vista, no entanto seus argumentos têm sido desconsiderados, o que pode redundar em medidas unilaterais e autoritárias, como suspender o uso de inibidores.

6. Tal ato pode, inclusive, provocar outros problemas para a sociedade, entre os quais o nascimento de mercados paralelos para suprir a demanda de pacientes, expondo-os aos riscos do consumo de fármacos sem supervisão médica e aos avanços do tráfico de drogas;

7. Importantes estudos internacionais comprovam a eficácia dos inibidores de apetite, sendo atestado que seu uso resulta em maiores benefícios que riscos para pacientes;

8. Em lugar de apenas proibir a venda desses produtos, o CFM, os CRMs e outras entidades médicas já propuseram à Anvisa a definição de critérios rigorosos para controle do seu comércio, como já ocorre com outras substâncias.

O CFM e os CRMs continuam abertos ao diálogo e se colocam à disposição para ajudar no preparo de campanhas do governo que orientem profissionais e pacientes sobre o uso racional desses produtos, sem a necessidade de proibir sua comercialização no país. Contudo, as entidades médicas ressaltam que recorrerão à Justiça, se for preciso, para preservar a autonomia dos médicos e proteger a saúde dos brasileiros."
 
Fonte: SBD, CFM

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Poluição e falta de sono engordam, diz os estudos

Pesquisas mostram outros fatores surpreendentes no ganho de peso

por site Midia News, IG

A receita para emagrecer continua a mesma do passado - alimentação adequada e prática de exercícios físicos. Porém, pesquisas recentes encontram culpados cada vez mais diversificados para explicar a epidemia mundial de ganho de peso.

Segundo a presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), a médica Rosana Bento Radominski, notar que metade da população brasileira está com excesso de peso, mas uma parcela ainda maior (85%) não pratica atividades físicas em quantidade ideal já é um forte indício de que mais fatores, além do sedentarismo e das refeições ruins, estão por trás do processo engordativo pelo qual passam o País e o planeta.

"Sabemos que o responsável primário pelo ganho de peso é o consumo maior do que o gasto de calorias, mas felizmente a obesidade conquistou um olhar mais amplo nos últimos anos", diz Rosana. "Estas descobertas, a longo prazo, vão definir tratamentos e recomendações mais certeiras para os obesos, além de explicar porque algumas pessoas engordam mais do que as outras e também porque uma parte delas não responde bem aos medicamentos, cirurgias e dietas emagrecedoras."

O iG Saúde separou estudos que encontraram seis responsáveis pela obesidade surpreendentes. A presidente da Abeso reitera que ainda é preciso mais evidências científicas para categorizá-los como determinantes na obesidade, mas no futuro talvez eles já façam parte do pacote de orientações para quem quer fazer as pazes com a balança.

1) Vírus, bactérias e inflamações

Os seres microscópicos já foram relacionados à obesidade em humanos. De acordo com a médica especializada em obesidade, Rosana Radominski, há evidências contundentes de que os obesos têm um tipo de inflamação crônica em todo organismo, o que explicaria esta condição andar de mãos dadas com outras doenças, como infarto e diabetes.
Estudos norte-americanos também concluíram que as bactérias presentes na flora intestinal determinariam como o corpo reage aos alimentos, fazendo com que algumas pessoas engordem mais do que as outras. Além disso, em setembro do ano passado, um estudo publicado na Revista Pediatrics identificou a presença de um vírus em adolescentes obesos, chamado de adenovírus.
Foram avaliadas 124 crianças, com média de idade de 13,6 anos, sendo 54% obesas e 46% delas não obesas. Uma avaliação minuciosa mostrou que entre os estudados que estavam com peso em excesso, 22% tinham o adenovírus. Já na parcela sem obesidade, apenas 7% tinham o microorganismo no corpo, uma diferença de 15 pontos porcentuais.

2) Ficar com a luz acesa durante à noite

Foram os pesquisadores na Universidade de Columbus, em Ohio (nos EUA), que levantaram a bola para a influência da luz constantemente acesa, ainda que fraca, durante à noite, na obesidade. Em junho do ano passado, os achados foram publicados no jornal científico Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os especialistas analisaram o comportamento de ratos durante oito semanas, divididos em dois grupos. No período, os animais receberam a mesma alimentação, mas uma parte ficou em completa escuridão durante à noite e a outra metade ficava com uma luz fraquinha acesa. O ganho de peso no intervalo de análise chegou a ser 50% maior nesta segunda parcela e a hipótese dos pesquisadores é que a luminosidade atrapalha a ingestão de alimentos e compromete as funções metabólicas.

3) A alimentação da mãe durante a gravidez

Indícios cada vez mais contundentes são colecionados para afirmar que a obesidade na vida adulta começa já na gravidez da mãe. Em 2009, os pesquisadores na Universidade de Medicina da Geórgia apuraram que a alimentação rica em gordura e açúcar chega aos fetos via placenta e já faz com que eles nasçam com excesso de peso. Ano passado, durante o Congresso Mundial de Diabetes realizado no Brasil (Salvador), os endocrinologistas ressaltaram que os nove meses de gestação são fundamentais para prevenir diabetes, obesidade e outras doenças metabólicas na vida adulta. Os bebês grandes, que nascem com quase cinco quilos, têm risco aumentado de três a cinco vezes de serem obesos no futuro.

4) Poluição e calorias químicas

Os gases tóxicos e os poluentes já são influências confirmadas em doenças cardiovasculares e na dificuldade de engravidar. O mecanismo de ação da poluição é que ela eleva a pressão arterial e também compromete a circulação nos vasos sanguíneos, o primeiro passo para infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Em 2009, a expert em emagrecimento Pat Thomas publicou o livro "O século 21 está deixando você gorda" (Ed. Larousse) e pontuou que este mesmo processo bioquímico provocado pela poluição também contribui para a obesidade. As pesquisas mais recentes falam ainda em "calorias químicas".
Estas calorias extras seriam provocadas pelo bisfenol, substância presente em pesticidas, cosméticos, embalagens e até em mamadeiras.
O bisfenol está no alvo das pesquisas, sendo apontado como vilão de problemas de saúde graves, como câncer, e também um contribuinte para obesidade. Sobre estes achados, a médica presidente da Abeso afirma que os resultados são controversos e ainda não há uma unanimidade sobre esta influência.

5) Falta de sono

Não dormir horas suficientes durante a noite pode repercutir diretamente na balança, evidenciou um estudo publicado em junho do ano passado no periódico Nature Genetics. No total, 3311 adolescentes foram acompanhados e foi identificado que aqueles que dormiam menos de 8 horas por noite tinham índice de massa corpórea (IMC) maior. Esta não é a única evidência científica sobre a influência do sono no peso.

6) Seus genes

O código genético não define apenas a cor dos olhos, a estatura e a tonalidade da pele. Estudiosos do mundo todo já identificaram que os hábitos de vida, em especial os nocivos à saúde, interferem no DNA e podem condicionar a pessoa a ser mais vulnerável à obesidade. Também por responsabilidade dos genes, a população pode ter mais dificuldade em emagrecer ou aderir aos programas de dieta.

Fonte: Midia News

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

08 de Agosto - Dia Nacional de Controle do Colesterol

Hoje, segunda-feira (08 de Agosto), é o dia O Dia Nacional de Controle do Colesterol. Essa data foi instituída pelo Governo Federal em 2003 e, como outras do gênero, atua de maneira expressiva para a conscientização da população sobre a necessidade das ações preventivas e da detecção precoce de doenças.

Esse problema já é uma preocupação de saúde pública, uma vez que é cada vez mais frequente o excesso de colesterol, principalmente entre as crianças e adolescentes.

Os altos níveis de gordura no sangue pode desencadear diversas doenças, principalmente problemas cardiovasculares como infarto e derrame, reponsáveis por cerca de 310 mil mortes anuais no Brasil.

De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 43 milhões de crianças em idade pré-escolar sofrem de obesidade e sobrepeso, um dos indícios que o colesterol possa estar elevado nessa população.

O colesterol tem como fonte uma produção endógena (ou seja, do próprio organismo) - cerca de 60%  e também uma fonte dos alimentos (principalmente os gordurosos) - cerca de 40%. Embora o colesterol elevado possa  estar associado na maior parte das vezes a maus hábitos de vida, existem casos de pessoas com predisposição genética, cujo cuidado deve ser redobrado.

Apesar de ser uma substância necessária ao organismo, desempenhando funções como transporte de gordura, manutenção das células, fabricação de hormônios e vitamina D, o excesso que não foi eliminado pelo fígado forma placas de gordura que podem "entupir" essas artérias e dificultar a passagem do sangue. Esse entupimento é chamado de arterosclerose, podendo levar a infarto (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC).

Dependendo do risco cardíaco, presença de comorbidades (hipertensão arterial e diabetes mellitus) e até os maus hábitos de vida do indivíduo (má alimentação, tabagismo e sedentarismo), a meta do colesterol a ser atingida muda conforme a presença desses fatores anteriores.

Portanto, o ideal é que procure seu médico para melhor avaliação e orientação.

As gorduras e o colesterol não são inimigos, pelo contrário,  são essenciais para o nosso organismo. O segredo está em escolher alimentos que aumentam o colesterol bom (HDL) e reduzem o colesterol ruim (LDL).

De qualquer forma, a maneira mais eficaz de manter a saúde é conscientizar que o caminho é adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, prática de atividade física, abandono do cigarro, controle do colesterol e triglicerídeos, bem como controlar a hipertensão arterial e diabetes.

Fonte: After Hour

sábado, 6 de agosto de 2011

Os riscos da Whey Protein

A Whey Protein é um dos suplementos mais populares no Brasil. Como já disse aqui neste blog, em um outro post, essa proteína tem diversas vantagens quando bem indicada, uma vez que fornece aminoácidos em uma forma altamente absorvível, podendo se tornar um complemento em uma dieta saudável.
No entanto, há diversas marcas no mercado, muitas delas com ingredientes tóxicos, que acabam agredindo o corpo, inflamando alguns órgãos, como o fígado por exemplo, e esgotando reservas nutricionais no interior das células. Além de algumas também possuírem adoçantes artificiais e conservantes que são prejudiciais à saúde.
Um outro detalhe é que alguns destes produtos utilizam pós que incluem proteína de soja e glúten que são altamente alergênicas, podendo promover reações inflamatórias no organismo.
Um bom suplemento de proteína pode ser uma ótima fonte desse macronutriente, podendo melhorar o sistema imunológico, funcionar como antioxidante, auxiliar na perda de gordura e ganho de massa magra.
Portanto, se você está pensando em utilizar esse produto, procure um médico e/ou nutricionista e veja se você tem realmente indicação deste tipo de suplementação, além da necessidade de monitorar os possíveis efeitos adversos e os esperados efeitos desejados!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dia Mundial do Aleitamento Materno

Hoje, 01 de Agosto, comemora-se o Dia Mundial do Aleitamento Materno. Por isso, é bom enfatizar a importância que o aleitamento tem e que vai muito além de um “gesto de amor”.
Há indícios de que as mulheres que amamentam têm menor risco de câncer de mama e ovário, menor índice de fraturas osteoporóticas, principalmente de fraturas de quadril, além de contribuir para o maior espaçamento entre as gestações devido a amenorréia pós-parto. Também contribui para o retorno ao peso pré-gestacional mais precocemente.
Além disso, alguns estudos mostram que crianças que deixaram de ser amamentadas exclusivamente nos primeiros seis meses de vida, tendem a serem crianças obesas futuramente. Interromper a amamentação antes da hora significa que a criança pode começar a se alimentar de forma errada desde cedo, o que aumenta o riso de obesidade.
Fora o vínculo mãe-filho que só a amamentação traz ou seja, amamentar, só traz benefícios.
PORTANTO, AMAMENTE EXCLUSIVAMENTE ATÉ OS PRIMEIROS 6 MESES DE VIDA!!

Att.
Renata Antonialli

Diabetes e o chá de Pata de Vaca

Sempre nos deparamos com algum conhecido dizendo, " Isso é bom pra tratar o diabetes". São plantas, chás, garrafadas, tinturas, enfim... um universo de substâncias cada vez mais  populares entre os brasileiros. É o caso do "Chá de Pata de Vaca" !!

Mas cuidado! Muitas destas substâncias não tem estudos controlados de segurança e eficácia, o que pode acabar trazendo riscos para saúde. Leia o artigo abaixo publicado por uns dos colunistas da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) sobre o assunto.

Att.
Renata Antonialli

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Por Dr. Rodrigo Moreira

O famoso Chá de Pata-de-Vaca talvez seja um dos tratamentos alternativos para o Diabetes mais populares no Brasil. Tenho certeza que quase todos os endocrinologistas (ou até mesmo clínicos) já se depararam com um paciente que diz estar realizando o tratamento de seu diabetes com este “maravilhoso e poderoso” chá (ou mesmo com cápsulas desta planta). Eu mesmo me deparei com um destes pacientes esta semana. E ele foi totalmente enfático: “Doutor, depois que comecei a fazer uso deste chá, meus níveis de glicose baixaram muito.” Depois disso, não tive dúvida: a coluna deste mês seria sobre a Pata-de-vaca.

O nome científico da Pata-de-Vaca é Bauhinia variegata (L.), pertencente a família Fabaceae, subfamília Caesalpinioidea. Esta planta é originária da Ásia, mais precisamente China e Índia. No Brasil, o gênero Bauhinia ocorre desde o Piauí até o Rio Grande do Sul, nas formações florestais do complexo atlântico e nas matas de planalto. Suas flores variam de brancas, róseas, roxo-pálidas até avermelhadas. Além das possíveis propriedades medicinais (que comentarei abaixo), esta planta também é muito utilizada no paisagismo, exatamente pela grande beleza de suas flores. Quanto a origem do nome Pata-de-Vaca, vale a pena comentar que ele é devido ao formato de suas folhas, que, de alguma forma, lembram a pata de uma vaca.

Agora vem a parte difícil da coluna. Embora uma pesquisa na Internet mostre inúmeros sites que comentam as propriedades antidiabéticas da Pata-de-Vaca, a literatura científica não é tão rica assim. Talvez o fato que tenha chamado mais minha atenção é que não existe NENHUM (isso mesmo, NENHUM) estudo clínico avaliando os efeitos do Chá de Pata-de-Vaca em humanos. Os pouquíssimos estudos que temos (na verdade, são apenas 03) investigam apenas seus efeitos em ratos. Esta total ausência de estudos me deixou bem surpreso e, ao mesmo tempo, preocupado, principalmente no que se refere a segurança desta planta. Embora ela possa realmente ter algumas propriedades que ajudem a baixar os níveis de glicose (novamente, demonstradas apenas em ratos), não temos a menor idéia de quais efeitos colaterais podem estar associados ao seu uso. Da mesma forma, não temos idéia de qual a dose mínima e máxima, qual sua possível interação com outros medicamentos para o diabetes e quais outros efeitos ela teria no corpo humano.

Um dos estudos mais interessantes que encontrei foi realizado na Universidade Estadual do Norte Fluminense, em Campos dos Goytacazes (Rio de Janeiro). Neste estudo, os autores conseguiram identificar nas folhas da Pata-de-Vaca uma proteína que é estruturalmente parecida com a insulina bovina. Esta similaridade estrutural PODE fazer com que esta molécula, presente no chá, funcione parcialmente como a própria insulina produzida pelo corpo humano. Vale a pena ressaltar que, embora estes resultados sejam extremamente promissores e interessantes, eles apenas mostram que ainda temos muito o que pesquisar antes de começar a utilizá-la para o tratamento do Diabetes. Não sabemos qual a potência desta molécula, qual a dose ideal e, principalmente, qual o risco de hipoglicemia associado ao seu uso. Não sabemos também como ela é metabolizada e quais outros efeitos ela terá no corpo humano. A literatura científica sugere que esta planta pode ter outros efeitos além dos efeitos na glicose e, portanto, muita pesquisa ainda é necessária antes de indicarmos seu uso para o Diabetes ou qualquer outra doença.

Em resumo, parece que, mais uma vez, a cultura popular está correta. A Pata-de-Vaca realmente PARECE ter alguns efeitos benéficos sobre os níveis de glicose. Mas isso não indica que ela deve ser utilizada como medicamento para tratamento do diabetes, seja isoladamente seja combinada com outros medicamentos disponíveis no mercado. Esperamos que mais pesquisas sejam feitas, principalmente em humanos, para que possamos conhecer todos os detalhes desta planta e definir seu real papel no tratamento do diabetes e até mesmo de outras doenças.

Fonte: SBD