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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Entrevista com a Dra. Renata Antonialli no Bom Dia MS falando sobre a importância do Leite



Na última sexta-feira (25/07) no programa "Bom Dia MS" da TV Morena (filiada da rede Globo em MS), a Dra. Renata Antonialli falou um pouco sobre a osteoporose e a importância do leite como fonte de cálcio.
Para assistir a entrevista na íntegra, é só acessar aqui

Vale a pena conferir!! 



Fonte:G1.com

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Os Riscos da Tatuagem em Pessoas Diabéticas

Antes de entrarmos no detalhamento dos riscos da tatuagem em pessoas com diabetes, um típico caso clínico pode evidenciar o potencial de danos representado por esse procedimento:
“Um mulher de 29 anos, portadora de diabetes tipo 1, notou uma erupção dolorosa no local de uma tatuagem que ela tinha feito 7 dias antes. A cultura do material proveniente dessa lesão mostrou a presença de Staphylococcus aureus, confirmando que essa bactéria era o agente causador da lesão. Este diagnóstico não foi totalmente inesperado, uma vez que pacientes com diabetes são predispostos a infecções por esse agente. Um tratamento com cefalosporina oral aliviou a celulite e deixou a tatuagem um pouco distorcida. O artista responsável pela realização da tatuagem defendeu-se dizendo que essa complicação teria resultado de cuidados inadequados no local da ferida. Entretanto, a falta de infecções recorrentes na história clínica da paciente indica que ela provavelmente não era portadora de Staphylococcus aureus e que, portanto, o processo infeccioso local tenha se instalado a partir da lesão provocada pela tatuagem.”
As tatuagens são muito populares, especialmente entre os adolescentes. Mas, o processo de aplicação da tatuagem e os cuidados exigidos após o procedimento, podem constituir-se em um processo de longa duração, além de suas características dolorosas e estressantes, podendo criar alguns problemas para as pessoas com diabetes. A pressão sanguínea e os níveis de glicemia podem aumentar no momento do procedimento de aplicação da tatuagem e, também, se a glicemia não estiver controlada, o excesso de glicose pode complicar o processo de cicatrização, aumentando o risco de infecções.
Algumas recomendações importantes antes de se decidir por uma tatuagem:
Qualificação do profissional responsável pela tatuagem: verificar sua reputação e as práticas de higiene e segurança do local do procedimento.
Não se esqueça de informar a presença de diabetes para que o profissional seja ainda mais cuidadoso ao aplicar a tatuagem.
Evitar certas áreas de baixa circulação, tais como: nádegas, região frontal da perna, tornozelo, pés e áreas comumente utilizadas para injeções de insulina, tais como braços, abdômen e coxas. As tatuagens aplicadas nesses locais geralmente levam um tempo maior para cicatrizar, o que pode levar a complicações e infecções.
É importante lembrar que, além do risco de infecções, outras situações de risco também estão mais relacionadas com a presença de tatuagem. São elas:
Reações alérgicas às substâncias utilizadas no processo de aplicação da tatuagem, como as tintas e os equipamentos.
Formação de uma cicatriz de dimensões mais expressivas, conhecidas como “queloides”, que podem se tornar irritáveis e ligeiramente dolorosas.
Doenças transmitidas pelo sangue: se as agulhas ou as tintas utilizadas na tatuagem não forem esterilizadas, há o risco de infecções transmitidas pelo sangue, tais como HIV e hepatites B e C.
Problemas na cicatrização da ferida: a manutenção de níveis elevados de glicose sanguínea pode retardar a cicatrização no local da tatuagem e aumentar o risco de infecção.
CASO O PACIENTE NÃO SE SINTA BEM OU OBSERVE ALGUM SINAL DE INFECÇÃO APÓS A APLICAÇÃO DA TATUAGEM, ELES DEVEM PROCURAR AVALIAÇÃO MÉDICA IMEDIATA E A DEVIDA ORIENTAÇÃO POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE COM EXPERIÊNCIA NA ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM DIABETES.
E, para finalizar esses comentários, finalmente uma boa notícia: num futuro próximo, as tatuagens poderão proporcionar uma opção mais fácil, mais rápida e mais precisa para as pessoas com diabetes acompanharem e controlarem os seus níveis de glicose no sangue. 

Cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e do Laboratório Draper, dos Estados Unidos, estão desenvolvendo um monitor contínuo de glicemia que atua através de uma “tatuagem” de pequenas partículas de tinta de nanotecnologia que são sensíveis às concentrações de glicose sanguínea. Essa tinta é injetada na pele e reage à presença de glicose com uma iluminação fluorescente. Um dispositivo semelhante a um relógio é usado pelo paciente no pulso onde a tatuagem é aplicada, com o objetivo de detectar e monitorar os níveis de glicemia. Esta tecnologia, caso seja bem sucedida nos ensaios clínicos, pode revolucionar a monitorização de glicose sanguínea em pessoas com diabetes.
Referências bibliográficas
Diabetes and Tattoos: Case Study and Guidance. Diabetes in Control. Publicado em 18 de maio de 2014.
Tattoos and Diabetes. Diabetes.Co.UK. Disponível em: http://www.diabetes.co.uk/tattoos-and-diabetes.html.
Fonte: SBD

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Dicas para um Emagrecimento Saudável

Fazer dieta geralmente é algo difícil para a grande maioria dos pacientes obesos.  Não é fácil nos privarmos de comidas que gostamos e estamos habituados a ingerir.

No entanto, para que o indivíduo obtenha sucesso no tratamento para o emagrecimento, é necessário mudar os hábitos que o levam a obesidade, a começar pelos erros alimentares.

Portanto, preste atenção em algumas dicas que a Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica) propõe para que o paciente tenha sucesso no seu tratamento: 



1. Procure conhecer o valor calórico dos alimentos: leia atentamente o rótulo;

2. Procure alimentos com baixo teor de gordura ou sem gordura;

3. Lembre-se que um alimento que não contém açúcar pode conter muita gordura: novamente preste atenção no rótulo;

4. Procure evitar alimentos gordurosos, limitando-os a um máximo de 30% do valor calórico total diário;

5. Aumente os carboidratos complexos (como arroz, feijão e massas) e evite os carboidratos simples (como doces e açúcar);

6. Torne a dieta pobre em calorias apetitosa (use ervas, temperos diferentes);

7. Procure aumentar a quantidade de fibras na dieta (coma frutas com bagaço e verduras); 

8. Procurar realizar uma atividade nos horários de maior vontade de beliscar : caminhar, ir ao shopping, sair com o cachorro,...

9. Quando der vontade de comer doces procurar os caseiros, sem creme de leite, leite condensado e chocolate; 

10. Ingerir pelo menos 2 litros de líquidos por dia;

11. Sempre que der vontade de comer algo, tomar líquidos antes. 


Fonte: Abeso

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Diabetes Gestacional pode levar ao nascimento prematuro do bebê



A gravidez é, sem sobra de dúvidas, um momento especial na vida da mulher. O desenvolvimento de diabetes gestacional neste período é um quadro que exige acompanhamento e cuidado adequados. Acometendo entre 2,4 a 7,2% das gestantes, segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, o Diabetes Gestacional requer diagnóstico e tratamento breves, pois pode causar desde parto prematuro até o nascimento de bebês muito acima do peso.
As causas do diabetes gestacional envolvem as mudanças hormonais no corpo da mulher durante a gestação. A placenta, para garantir que a glicose chegue de forma adequada ao bebê em formação, acaba enfraquecendo a insulina da mãe. O resultado é uma compensação do pâncreas materno, produzindo mais insulina na tentativa de reduzir os níveis de açúcar no sangue. Este quadro de glicose alta e insulina alta no sangue - que muitas vezes não consegue controlar os níveis de glicose - vai se somar, levando então ao desenvolvimento do diabetes gestacional.
O diagnóstico é realizado através da realização da dosagem de glicose no sangue (glicemia) e da curva glicêmica. O primeiro passo do tratamento é a correção dos hábitos alimentares, com orientação nutricional adequada. Na medida em que a gestação permitir, a atividade física deve ser estimulada, pois é importante para regular os níveis de açúcar no sangue. As gestantes que não apresentam controle adequado da glicemia com dieta e atividade física necessitarão receber insulina, que é uma medicação segura e oferece bom resultado no controle.
O diabetes gestacional não controlado é fonte de muitas preocupações. Quando o bebê recebe grandes quantidades de glicose, acaba nascendo muito acima do peso, o que aumenta o risco de complicações no parto, chance de hipoglicemia neonatal e também de desenvolvimento de obesidade na idade adulta.
Para a mãe, uma vez feito o diagnóstico de diabetes gestacional, existe um grande risco de desenvolvimento de diabetes nas próximas gestações e também de evolução para diabetes tipo 2 dentro dos anos seguintes. O primeiro passo após uma gestação com diabetes gestacional é a prevenção. A perda de peso e a atividade física regular são armas fundamentais para evitar o desenvolvimento de diabetes gestacional em uma próxima gestação e até do próprio diabetes no futuro.
O mais importante, para as futuras mamães, é estar atenta à sua saúde. Realizar exames antes da gestação, corrigir o excesso do peso se houver, e acertar na dieta. Para este momento tão especial, todo cuidado é fundamental. 
Fonte: SIS Saúde,  SBD

segunda-feira, 7 de julho de 2014

FDA aprova AFREZZA - Nova Insulina Humana Inalável


Um dos maiores marcos da Medicina moderna foi o desenvolvimento da insulina pelos pesquisadores canadenses Banting, Best, MacLeod e equipe. Foram condecorados com o Prêmio Nobel de Medicina e certamente isto mudou a vida dos pacientes diabéticos desde então.
A insulinoterapia é a base do tratamento do diabetes tipo 1 e também pode ser necessária para os pacientes com diabetes tipo 2.
Entretanto, quase 100 anos após o desenvolvimento da insulina, um dos maiores mitos é a sua aplicação subcutânea. A história do tratamento do diabetes mostra imagens de seringas enormes, de vidro, reaproveitáveis e de aplicação realmente dolorosa.
Atualmente as seringas são produzidas com agulhas menores e mais finas e as canetas de aplicação promovem uma experiência ainda mais confortável na aplicação subcutânea das insulinas. Muitos pacientes porém são ainda muito resistentes e muitos têm real pavor às injeções diárias.
Entre 2006 a 2007 foi lançada a primeira insulina inalada chamada EXUBERA. Por questões comerciais e também por questões de segurança ela foi retirada do mercado em cerca de 1 ano após seu lançamento.
Insulina inalada Exubera, primeira insulina inalada lançada - esteve no mercado de 2006 a 2007

Em 27 de junho de 2014 o rigoroso órgão americano que avalia segurança e eficácia de medicamentos, o FDA, aprovou uma nova versão da insulina inalada com nome comercial de AFREZZA, produzida por uma empresa chamada MannKind. O gasto com pesquisa foi de 900 milhões de dólares.

Insulina inalada AFREZZA lançada nos Estados Unidos em junho de 2014

AFREZZA é uma insulina humana em pó de ação ultrarrápida. Em tese ela seria equivalente às insulinas de ação ultrarrápidas existentes no mercado como a Humalog, Apidra ou Novorapid só que administrada via inalatória.
Sua ação se inicia após 15 minutos da inalação do pó e tem pico de ação após cerca de 50 minutos. Sua ação termina completamente após cerca de 2,5 horas. Por isso, ela deve ser administrada como uma insulina prandial, ou seja, a ser usada quando da alimentação para reduzir a glicemia pós-prandial.  O correto é inalá-la imediatamente antes das refeições.
Como acaba de ser aprovada no mercado americano e ainda não foi sequer aprovada no Brasil, a segurança em longo prazo é incerta na prática clínica diária. Nos estudos clínicos pré-lançamento mostrou-se segura e bem tolerada. Os efeitos colaterais mais notificados pelos usuários foram tosse (25%), irritação a garganta (5,5%)  e dor de cabeça (4,7%).
Por questões de segurança seu uso é somente indicado para maiores de 18 anos. Os estudos em crianças estão sendo conduzidos e esperamos sua liberação para crianças nos próximos anos. É ainda contraindicada em pacientes doenças pulmonares crônicas como enfizema, asma e bronquite. Obviamente não deve ser usada por pessoas fumantes. 
Nos estudos prévios ao lançamento, usuários de AFREZZA tiveram discreta redução da função pulmonar. Por isso, exames como espitometria devem ser feitos antes do início do uso, após 6 meses e em segura repetidos anualmente para motorizar eventuais os efeitos adversos pulmonares. Ainda não se sabe se este medicamento é capaz de provocar câncer de pulmão e estudos de segurança estão em andamento.
Infelizmente a AFREZZA não pode ser considerada a cura do diabetes, pois medidas como dieta, exercícios e medição da glicose precisam ser feitos. Mas sem dúvida trata-se de um grande avanço para uma melhor qualidade de vida para os pacientes diabéticos.
Para saber mais informações sobre a AFREZZA basta acessar o site da empresa MannKind no site aqui
Fonte: SBD

domingo, 6 de julho de 2014

Sucos podem levar crianças à Obesidade e Diabetes

De acordo com conselheiros do governo britânico, bebida deve ser substituída por água nas refeições infantis.

O suco deve ficar fora das mesas de jantar, segundo conselheiros do governo britânico, e para as crianças deve ser servido apenas água e leite. Segundo pesquisadores, sucos de frutas são responsáveis pelo aumento nas taxas de obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Um adolescente está consumindo 40% mais açúcar do que deveria, enquanto os adultos ficam em 13% a mais. As informações são do Daily Mail.

Embora a maioria dos pais entenda que refrigerante é prejudicial, muitos acreditam que o consumo do suco, tido como bebida saudável, pode ser livre. O professor do Kings College London, Tom Sanders, disse que os sucos devem ser dados como um deleite. “Precisamos reintroduzir o hábito das pessoas de colocar uma jarra de água sobre a mesa e bebê-la com a comida”, disse ele.

Um copo de suco de laranja de 250 ml contém 115 calorias, ou seja, sete colheres de chá de açúcar. Uma lata de refrigerante tem cerca de 140 calorias. Susan Jebb, especialista em dieta e saúde na Universidade de Oxford, disse que os pais devem proibir todas as bebidas açucaradas na dieta das crianças e trocá-las por água e leite. Quase um quarto dos adultos é considerado obeso no país, proporção que deve subir para a metade até 2050.
Fonte: SIS Saúde, SBD