Bem vindos ao blog Endocrinologia em Pauta! Nele você encontrará um conteúdo fidedigno, atualizado, notícias e curiosidades para as pessoas que se interessam pos assuntos relacionados à Endocrinologia, Nutrição e Saúde em geral.


segunda-feira, 17 de junho de 2013

O Maracanã e Obesidade

Uma novidade para a Copa das Confederações: pessoas obesas ganham direito a assento exclusivo. Dos 78.838 lugares do Maracanã, 101 são destinados a esse público específico. As cadeiras têm quase o dobro do tamanho das cadeiras normais. Com 83 cm de largura e 50 cm de profundidade, esses lugares são capazes de aguentar até 250 quilos. Os bancos ficam na primeira fila de todos os setores, por uma questão de segurança.

A FIFA exige que o torcedor comprove seu estado, que são atestados que contenha o CRM do médico e o código CID da doença, licença de estacionamento para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida ou ainda um comprovante de aposentadoria por deficiência, emitido pelo Ministério de Previdência Social.

Para solicitar ingressos na qualidade de pessoa obesa, é preciso ainda apresentar um documento assinado por um médico atestando que o Índice de Massa Corporal (IMC) é acima de 30 kg/m², ou seja, valor correspondente aos pontos de corte de obesidade na faixa etária adulta. Vale lembrar que pessoas com mobilidade reduzida residentes no Brasil contam com uma série de ingressos exclusivos.
Cada comprador tem ainda direito a um ingresso cortesia para acompanhantes, que estará localizado o mais perto possível do acompanhado. Para conseguir o ingresso cortesia, basta que, no ato da compra, seja indicada a necessidade da entrada de um acompanhante.
Observe a foto, a proporção da cadeira em relação a um fotógrafo com peso normal.



Na área de imprensa também foram instaladas cadeiras especiais, na nova sala de coletiva do Maracanã. Na foto, estão assinadas cadeiras para pessoas obesas na sala de coletiva.


Fonte: Sbem

terça-feira, 28 de maio de 2013

Anvisa mantém a comercialização da Sibutramina no mercado brasileiro



Uma notícia movimentou a classe médica, imprensa e pacientes. A ANVISA decidiu manter a venda e o monitoramento de medicamentos a base de sibutramina no Brasil. O informe foi publicado nesta segunda-feira, 27 de maio. 

Segundo a Agência, a decisão foi fundamentada em monitoramento do mercado da sibutramina ao longo de 2012. As regras para o uso da sibutramina permanecem as mesmas adotadas em outubro de 2011, quando a Anvisa publicou regulamento que aumentou o controle sobre a sibutramina.

Na Resolução RDC 52/2011 da Anvisa ficou estabelecida a obrigatoriedade dos profissionais de saúde, empresas detentoras de registro e farmácias e drogarias de notificarem, obrigatoriamente, o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária sobre casos de efeitos adversos relacionados ao uso de medicamentos que contém sibutramina.

Além disso, indicou a descontinuidade do uso da sibutramina em pacientes que não obtiverem resultados após quatro semanas de uso do produto.

A SBEM Nacional, presidida pela Dra. Nina Musolino, considerou uma boa notícia a decisão da Agência e emitiu opinião sobre a decisão:

"Em 2011, resolução da ANVISA aumentou o controle sobre a venda da sibutramina e, na ocasião, ficou estabelecido que haveria reavaliação do potencial risco do medicamento após período de monitoramento com obrigatoriedade de comunicação de efeitos adversos.

Em 26 de março passado houve reunião em Brasilia, na Câmara dos Deputados, com a presença do Dr. Barbano, da ANVISA, onde foram discutidos assuntos relacionados aos anoréticos. Foram representando o Departamento de Obesidade pela SBEM / ABESO, os Drs, Mario K. Carra e Rosana Radominski que mostraram a importância da manutenção da sibutramina.

É com satisfação que recebemos a comunicação da ANVISA que manterá a venda da sibutramina no nosso país considerando que os período de monitoramento não mostrou maiores riscos para o seu uso desde que respeitadas as mesmas restrições de prescrição. 

No entanto, o monitoramento com comunicação obrigatória dos efeitos adversos deve continuar, assim como o documento de três vias (consentimento informado) obrigatório na prescrição.

“Embora sob restrições a nota de que a medicação não será retirada do mercado, é uma boa notícia no auxílio do tratamento da obesidade no Brasil."

Leia o comunicado, na íntegra, no site da ANVISA

Fonte: SBEMANVISA

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Semana Internacional da Tireóide

Hoje encerrou a campanha da Semana Internacional da Tireóide (23 a 27 de maio).

Nós da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), regional de Mato Grosso do Sul, fizemos uma atividade de abertura, aqui em Campo Grande-MS, na UBS Iracy Coelho no dia 23 de maio, com palestra, exame físico (palpação de tireóide) e orientações para comunidade, encerrando hoje com uma concentração na praça Belmar Fidalgo.

A campanha foi um sucesso!

Agradeço a todos que participaram e estiveram presentes durante essa campanha, em promoção à saúde e informação da população!

Abaixo, seguem as fotos do evento de encerramento.

Att,
Renata Antonialli

Semana Internacional da Tireóide: concentração na Praça Belmar Fidalgo

Dra. Renata Antonialli participando da Campanha Internacional da Tireóide

Endocrinologistas no evento: Dra. Eloisa de Cassia M. A. Costa, Dra. Renata Antonialli, Dra. Renata B. Portella e Dra. Ana Carolina C. de Freitas. 

Semana Internacional da Tireóide:  palpação da tireóide, esclarecimento de dúvidas e orientações à população.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

No Programa Viver Bem desta quarta-feira (22/05), a Dra Renata Antonialli falou sobre anabolizantes. Assista a entrevista na íntegra.

Para quem não viu a entrevista com Dra Renata Antonialli no programa "Viver Bem com Carmen Cestari"  nesta quarta-feira (22/05) no SBT-MS, falando a respeito dos anabolizantes e seus riscos à saúde, assista o vídeo abaixo.


Fonte: Viver Bem-SBT-MS

Semana Internacional da Tireóide: Venha Participar!!!




Prezados pacientes, amigos e familiares,

Hoje inicia-se a Campanha da Semana Internacional da Tireóide (23 a 27 de maio).

Nós da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), regional de Mato Grosso do Sul, faremos uma atividade de abertura, aqui em Campo Grande-MS, na UBS Iracy Coelho no dia 23/05 (hoje)  às 8:00 horas, com palestras, exame físico (palpação de tireóide) e orientações para comunidade, e no dia 27/05 (segunda-feira) das 17:30 às 19:00 horas, faremos uma concentração na praça Belmar Fidalgo, também com orientações e palpação de tireóide. 

Estará aberta a toda população!
Venham Participar!!

Att.
Dra Renata Antonialli

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Quer saber mais sobre anabolizantes e seus riscos para a saúde? Assita a entrevista com a Dra. Renata Antonialli







Nesta quarta-feira (22/05/13), no programa Viver Bem com Carmen Cestari, exibido às 17:15 horas, logo após Casos de Família, no SBT-MS, entrevista com a Dra. Renata Antonialli falando um pouco sobre os anabolizantes e seus riscos para saúde!

Você não pode perder!

Fonte: SBT-MS

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Você já vacinou contra Gripe?




Vocês já realizaram a vacina contra gripe? Na nossa região de Campo Grande/MS (assim como em muitos outros municípios brasileiros), a meta estabelecida para a nossa capital ainda não foi atingida, segundo os dados da SESAU. A campanha nacional de vacinação iniciou no dia 15 de abril em todo o país, com término previsto para 26 de abril.

Foi prorrogada, portanto, até o dia 10 de maio15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. O dia 20 de abril foi o dia de mobilização nacional, com o slogan: “Quem se lembra da vacina se protege da gripe”.

Pessoas com diabetes tipo 1 e 2, além de obesos grau III (IMC maior ou igual a 40) podem ser imunizados gratuitamente em qualquer posto de vacinação.

Segundo orientação do Ministério da Saúde, os pacientes que já estão cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) devem se dirigir a esses locais para que recebam a imunização. Caso não haja vacinas no local de atendimento, devem solicitar a prescrição médica, para que recebam a dose em um dos postos. Os pacientes que são atendidos na rede privada ou conveniada também necessitam de prescrição médica.

Informações e Recomendações
Vale lembrar que a vacina previne os vírus influenza A /Califórnia/7/2009 (H1N1)pdm09; A/Victoria/361/2011 (H3N2); B/Wisconsin/1/2010, mas não protege contra o resfriado comum. Pacientes com história de reação anafilática prévia ou alergia grave relacionada ao ovo de galinha e derivados, bem como à vacina ou a qualquer de seus componentes, não devem ser imunizados.
Em caso de febre moderada ou grave, o Ministério da Saúde recomenda que se adie a dose de vacina até a cura da doença em questão.

Outras Condições e Enfermidades

Além dos pacientes com diabetes e obesidade, indivíduos com 60 anos ou mais de idade; trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em unidades que fazem atendimento para a influenza; os povos indígenas, as crianças na faixa etária de seis meses a menores de dois anos; as gestantes; as puérperas (até 45 dias após o parto); os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; e a população privada de liberdade também terá direito à vacinação gratuita.

Portanto, quem ainda não vacinou e faz parte do grupo de risco, VACINE JÁ!!!
Fonte: Sbem

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Amanhã no MSTV 1ᵃ Edição, entrevista ao vivo com a Dra Renata Antonialli







Beber muita água faz mal?

Amanhã (03/05) ao meio dia (12:00 horas), no programa "MSTV 1ᵃ Edição" da TV Morena (filiada da rede Globo em Mato Grosso do Sul), entrevista com a Dra. Renata Antonialli, ao vivo, falando sobre intoxicação hídrica e os riscos para saúde.

Vale a pena conferir !!!

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ATENÇÃO: 

Prezados pacientes, amigos e seguidores,

Infelizmente, por alguns problemas técnicos no estúdio da TV Morena conforme acabaram de me informar (03/05 às 10:00 horas), a entrevista que seria ao vivo hoje foi cancelada. 
Conto com a compreensão de todos!

Att. 
Renata Antonialli

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Alimentação e Tireóide


Alimentar-se de forma equilibrada é importante para a manutenção de peso ideal e da saúde plena. O mesmo se aplica para as pessoas com algum distúrbio na tireoide, seja ele hipotireoidismo ou hipertireoidismo. De acordo com a Dra. Laura Ward, presidente do Departamento de Tireoide da SBEM (Gestão 2011-2012), embora certos alimentos, quando ingeridos em excesso e por longos períodos, possam interferir com o metabolismo da tireoide, sua proibição não é usual para quem tem problemas com a glândula. “Apenas em situações especiais, como antes da realização de alguns exames ou tratamentos específicos, é que uma dieta direcionada é orientada. No geral, o ideal é que se mantenha uma alimentação saudável e balanceada em todos os nutrientes”, afirma.

Segundo a especialista, quem tem problemas na glândula deve ficar atento a excessos de determinados tipos de alimentos. “O ideal é que o paciente não coma sal em grande quantidade, já que o sal é iodado e o excesso de iodo pode piorar um distúrbio de tireoide latente (não manifestado clinicamente ainda) ou já em tratamento. Isso desregula totalmente o metabolismo do indivíduo”, alerta.

A endocrinologista chama atenção ainda para os alimentos que podem causar bócio, os chamados bociogênicos, ou que contenham isoflavonas em grande quantidade. “Alimentos como repolho, nabo, soja e couve podem ser consumidos uma ou duas vezes por semana, mas não todos os dias”, alerta Dra. Laura.

Atenção para a Soja

De acordo com Dra. Tânia Bachega, presidente da Comissão Nacional dos Desreguladores Endócrinos da SBEM, a partir da aprovação da rotulagem de alimentos com soja como protetores para doença coronariana pelo Food and Drug Administration (FDA), em 1999, o consumo destes produtos vem aumentando a cada dia. “Com o aumento no consumo de soja, cresceram as preocupações se este alimento poderia afetar o equilíbrio da função tireoidiana. Estudos in vitro demonstraram que os fitoestrógenos presentes na soja, além de diminuírem a ação periférica dos hormônios tireoidianos, também afetam a sua síntese por inibição da tireoperoxidase, uma enzima chave na síntese dos hormônios tireoidianos. Eles induzem ainda a proliferação dos tireócitos, predispondo ao hipotireoidismo e bócio”, explica. “É muito discutida a hipótese de que a ingestão da soja por indivíduos predispostos ao desenvolvimento de doença tireoidiana poderia desencadear ou acelerar a evolução para franco hipotireoidismo”, alerta.

Segundo dados de uma pesquisa, comentados pela especialista, em uma análise de mulheres com hipotireoidismo subclínico, observou-se que o consumo diário de 16 mg/dia de isoflavona, equivalente ao ingerido pelos vegetarianos, aumentou em três vezes o risco para o desenvolvimento de hipotireoidismo franco. “Este hipotireoidismo não foi reversível com a suspensão da ingestão de soja, sugerindo que as isoflavonas também possam atuar através da modulação do processo autoimune”, explica. “Outro aspecto importante que merece ser enfatizado é que os fitoestrógenos podem diminuir a absorção tanto do hormônio tireoidiano como do iodo, havendo a necessidade de um fino ajuste da dose da terapia com levotiroxina, especialmente nos portadores hipotireoidismo congênito”, reitera.

Em relação ao consumo ideal de soja, Dra. Tânia explica que não é possível determinar qual seria a dose isenta de efeitos nocivos: “Baseando-se no mecanismo de ação dos desreguladores endócrinos, doses pequenas podem alterar o funcionamento da tireoide, especialmente nos indivíduos de maior suscetibilidade: fetos, lactentes e adolescentes”, explica. Os fitoestrógenos podem também ser encontrados em outros alimentos como cevada, centeio, ervilha e algas. 

Fonte: Sbem

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Redução de Iodo no Sal

Departamento de Tireoide da SBEM divulga comunicado sobre a decisão da ANVISA de diminuir a concentração de iodo no sal de cozinha comercializado no Brasil. A medida pode trazer consequências para à população de gestantes e seus bebês.

Segundo a presidente do Departamento de Tireoide, a principal crítica sobre a decisão da Anvisa é a falta de embasamento científico para a adoção destas medidas. "Consideramos uma atitude surpreendente e precipitada". Ela explica que não houve uma discussão adequada com os especialistas da Sociedade.
Ela explica que a Sociedade não foi chamada para discutir seriamente sobre o assunto.
“O erro está no consumo em excesso de ingestão de sal e não no iodo que está contido nele. A alegação das autoridades é a existência de pesquisas, que mostram um consumo excessivo de iodo pela população, porém os números finais desta pesquisa, se é que ela está finalizada,  não foram divulgados.  A endocrinologista explica que ao colocar na balança o número de problemas relativos à deficiência de iodo em relação ao excesso, observa-se que a deficiência é gravíssima, incontestável  e reconhecida, com consequências para o desenvolvimento social do país. "Já em relação ao excesso não existem pesquisas suficientes para comprovar que a nossa população esteja sofrendo algum malefício ".

O Departamento de Tireoide da SBEM Alerta para o Perigo de Diminuir o Teor de Iodo do Sal


O iodo vem sendo adicionado ao sal de cozinha no Brasil desde 1953, como medida de erradicação do bócio endêmico. Tal medida é defendida em todo mundo pela Organização Mundial da Saúde e pelo ICCIDD (International Council for the Control of Iodine Deficiency Disorders) e é uma das mais eficazes para combater este verdadeiro flagelo da humanidade que é o cretinismo, o retardo mental endêmico causado pela falta de iodo intrauterina.

O Brasil sofreu de carência de iodo na alimentação de sua população por séculos. Cidades e regiões inteiras eram conhecidas pelo fato de seus habitantes apresentarem “papo” e suas crianças serem "lerdas", algumas com severa deficiência mental.
A falta de iodo tem efeitos graves em várias fases da vida, como resume a tabela abaixo:

Feto
Aborto/Natimorto

Anomalias congênitas

Aumento da mortalidade peri-natal

Cretinismo endêmico

Surdo-mudez
Neonato
Bócio Neonatal

Hipotiroidismo neonatal

Retardo mental endêmico

Aumento da suscetibilidade da tireoide à radiação nuclear
Crianças e
Bócio
Adolescentes
Hipotiroidismo

Diminuição da função mental

Retardo do desenvolvimento físico

Aumento da suscetibilidade da tireoide à radiação nuclear
Adulto
Bócio

Hipotiroidismo

Diminuição da função mental

Aumento da suscetibilidade da tireoide à radiação nuclear

Estima-se que, no Brasil, cada cinco gramas de sal iodetado contenham aproximadamente 100 microgramas de iodo. A suplementação considerada ótima para adultos seria de 100 a 150 microgramas por dia, com ingestão mínima necessária de 50 microgramas por dia. Para crianças, as necessidades variam de acordo com a faixa etária, de aproximadamente 40 microgramas de iodo ao dia, entre 0 a 5 meses de idade, e de 100 a 150 microgramas por dia para crianças maiores de 11 anos. Mas, durante a gestação e a amamentação, esta necessidade aumenta para 250 microgramas por dia.
Dados coletados pelo grupo da USP de Ribeirão Preto e por pesquisadores da FAMEMA de Marília, São Paulo, em duas populações diferentes de mulheres grávidas, mostram que mais da metade delas apresenta carência de iodo. O fato já é muito grave.
A redução da quantidade de iodo no sal proposta pela ANVISA pode potencialmente  agravar esta situação.
Sabemos que o brasileiro realmente consome muito mais sal do que deveria. A consequência mais nefasta é, sem dúvida, a hipertensão arterial. Associada à obesidade, ao diabetes e a outros fatores de risco, a hipertensão ajuda a colocar o Brasil na muito pouco honrosa posição de quinto país da América Latina com maior número de mortes por doença isquêmica do coração segundo a Organização Mundial de Saúde (dados da WHO Global Infobase, 2013).
A ANVISA deveria focar seus esforços em reduzir a quantidade de sal nos alimentos industrializados, não em reduzir a quantidade de iodo no sal. Se o objetivo de redução de ingestão de sal for alcançado, o que é altamente desejável, estarão, ainda, todos os segmentos da população suficientes em iodo?

Urge a necessidade de se avaliar a população de maior risco, gestantes, principalmente de regiões interioranas. Pesquisas de avaliação da iodúria envolvendo esta população devem ser estimuladas e subsidiadas pelo Ministério da Saúde. Se a ANVISA insistir em tomar tal medida precipitadamente, sem que estudos conclusivos e abrangentes sejam realizados e finalizados, poderá estar colocando em risco populações de gestantes e expondo os recém-nascidos ao risco da deficiência mental por falta de iodo, com consequências inadmissíveis ao desenvolvimento humano e econômico do país.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Redefinida as novas diretrizes para a organização da prevenção e do tratamento do sobrepeso e obesidade no Brasil

A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) e a SBEM divulgaram nota oficia sobre a Portaria número 424 do Ministério da Saúde.

 Portaria redefine as diretrizes para a organização da prevenção e do tratamento do sobrepeso e obesidade como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.

Nota Oficial

O Ministério da Saúde (MS) publicou, no dia 19 de março, a portaria Nº 424 que redefine as diretrizes para a organização da prevenção e do tratamento do sobrepeso e obesidade como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.

Embora o destaque principal esteja sendo dado ao tratamento cirúrgico da obesidade, é necessário olhar com cuidado a portaria. Suas determinações englobam cuidados com a obesidade de forma completa, incluindo desde a prevenção ao tratamento, o que pode ser uma mudança de impacto extremamente positivo para o futuro do Sistema Único de Saúde (SUS) e, principalmente para a saúde da população brasileira. A portaria vai muito além do tratamento cirúrgico, tratando-o “apenas uma ação dentro do toda da linha de cuidado das pessoas com sobrepeso e obesidade”, nas palavras da próprio MS.

A iniciativa do Ministério da Saúde em aumentar os recursos para a prevenção e  tratamento do sobrepeso e obesidade é muito bem vista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e pela Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e Sindrome Metabolicade (ABESO) que juntas, mostram há anos o custo e risco do aumento epidêmico da obesidade no Brasil. 

De acordo com o Artigo 4º desta portaria, a prevenção e o tratamento da obesidade ficam incluídos na rede de atenção básica à saúde. Com relação às medidas relacionadas a prevenção, elas são bem completas.


A cirurgia não pode ser vista como o final do tratamento da obesidade, mas apenas como um meio, e a população deve exigir que a portaria seja seguida integralmente, incluindo a assistência completa com apoio nutricional, atividade física e acompanhamento clínico, entre outros cuidados de uma equipe multidisciplinar. O risco, que devemos alertar e evitar, é que  pessoas com sobrepeso e obesidade grau 1 e 2 deixem de fazer o tratamento clínico com a perspectiva de resolução do problema com o tratamento cirúrgico. Os casos cirúrgicos devem ser a minoria do atendimento a esta doença crônica de grande prevalência. 



Aqui, enaltecemos a preocupação com o diagnóstico da doença, que por vezes passa despercebida pela população em geral e, até mesmo pela classe médica. Outra determinação importante é o acolhimento adequado dos pacientes nos serviços de atendimento, conforme parágrafo g deste mesmo artigo: os obesos têm o direito de ser recebidos como pacientes que precisam de assistência. A capacitação adequada de profissionais de saúde para o atendimento a esses pacientes é fundamental para banir o preconceito com a obesidade em todos os níveis de atendimento.

O tratamento do paciente obeso em unidade básica de saúde, segundo a portaria, deve seguir as diretrizes clínicas vigentes. Infelizmente, as diretrizes da Associação Médica Brasileira para o tratamento da obesidade foram ignoradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por ocasião da retirada de alguns medicamentos do mercado. 

Atualmente, no Brasil dispomos apenas de dois medicamentos aprovados para a obesidade (sibutramina e orlistate) e, diante da evidente relação custo-benefício, encorajamos o MS a disponibilizá-las na rede básica de atendimento, mantendo o mesmo nível de vigilância sanitária para a sibutramina, que possuem outros medicamentos de ação central.

Além do exposto acima, a portaria também amplia os limites de idade para realização de cirurgia bariátrica, reduzindo a idade mínima para 16 anos e a máxima fica a critério da equipe multiprofissional. A cirurgia bariátrica promove manutenção da perda de peso a longo prazo, com redução de doenças associadas a obesidade e melhora da qualidade de vida. É preciso, no entanto, ter cuidado com a interpretação da ampliação da indicação para o tratamento cirúrgico. 

A redução da idade para a indicação da cirurgia e a possibilidade de cirurgia plástica reparadora após o tratamento cirúrgico têm indicações muito claras na portaria: seguimento de protocolos clínicos por, no mínimo dois anos, na Atenção Básica ou Atenção Especializada, sem resultado satisfatório e fechamento das epífises de crescimento. A cirurgia plástica reparadora também está sujeita à aderência ao seguimento pós-operatório. 

Fonte: Sbem

domingo, 24 de março de 2013

Dia Mundial do Rim - 14 de Março





Nesse mês de março, mais precisamente no dia 14 de março, foi comemorado o Dia Mundial do Rim. Abaixo, veja uma reportagem interessante sobre o assunto, principalmente quando falamos a questão renal no paciente diabético.
Att.
Dra Renata Antonialli

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Diabetes e Doença Renal Crônica
A crescente prevalência de diabetes no Brasil e no mundo, frequentemente associado à Hipertensão Arterial, à Doença Cardiovascular e ao envelhecimento populacional tem tornado mais frequente também a ocorrência de Doença Renal Crônica.
A Doença Renal Crônica associada ao diabetes se instala de maneira gradativa, assintomática, evoluindo com perda de função renal e a necessidade de tratamento com diálise ou transplante, limitando a qualidade de vida e aumentando o risco de morte prematura.
Mesmo na fase assintomática da Doença Renal Crônica em que a pessoa está aparentemente saudável, é maior o risco de morte prematura de causa Cardiovascular, independente do grau de comprometimento renal.

Diagnóstico precoce da Doença Renal Crônica
O diagnóstico da presença de lesão renal pode ser feita de maneira muito precoce, em seu estágio inicial em que a pessoa não apresenta qualquer sintoma e na maioria das vezes permanece sem diagnóstico por muitos anos.
O diagnóstico pode ser feito pela medida da creatinina no sangue que permite também calcular o Grau de Filtração Glomerular e a presença de albumina na urina. São exames bastante simples, realizados em um bom laboratório de análises clínicas.
O diagnóstico precoce permite o tratamento que reduz o risco de progressão da doença para perda total da função renal bem como reduz o risco cardiovascular.

Quem está em maior risco para desenvolver Doença Renal Crônica.
1 . Pessoas portadoras de diabetes
2 . Pessoas portadoras de Hipertensão Arterial
3 . Pessoas portadoras de obesidade
4 . Fumantes
5 . Pessoas com idade maior que 50 anos
6 . Pessoas com antecedentes familiares de doença renal, diabetes ou hipertensão arterial.
As pessoas que encontram-se em risco para Doença Renal Crônica devem o mais rápido  possível realizar exames de laboratório que permitem avaliar a função renal.

Prevenção da progressão da Doença Renal Crônica
Está bastante comprovado que o tratamento da Doença Renal Crônica em seus estágios iniciais previne a progressão da doença para a insuficiência renal e reduz o risco cardiovascular. As medidas mais eficazes são:
1 . Controle da glicemia
2 . Controle do Colesterol e Triglicerides
3 . Controle da Pressão Arterial
4 . Uso de medicamentos que reduzem a eliminação de albumina pela urina
5 . Redução na ingesta de sal de cozinha pois ajuda no controle da Pressão Arterial
6 . Controle da anemia, quando presente
7 . Parar de fumar
8 . Melhorar a atividade física diária
9 . Controlar o peso.

Tratamento da Doença Renal Crônica

Numerosos estudos clínicos mostram o benefício do tratamento da Doença Renal Crônica com drogas conhecidas como inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina e Bloqueadores de Receptores da Angiotensina reduzindo, portanto, a ocorrência de Doença Renal Crônica avançada em consequência do mal contrôle do diabetes e da Hipertensão Arterial.
O custo deste tratamento na atualidade é muito baixo. A Losartana, uma das drogas utilizadas é fornecida gratuitamente nas farmácias populares, mediante a apresentação de receita médica.
WKD
Veja mais sobre o Dia Mundial do Rim clicando aqui
Fonte: SBD