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sexta-feira, 30 de março de 2012

10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Reposição Hormonal Masculina

Reposição hormonal masculina é um tema considerado repleto de tabus e dúvidas por muitos homens. Abaixo, você pode conferir 10 coisas sobre este assunto complexo para o sexo masculino.

1-  A deficiência androgênica (diminuição da produção do hormônio masculino) está presente em cerca de 15% dos homens entre 50 e 60 anos, chegando a 50% dos homens com 80 anos.

2-  Durante o envelhecimento, ocorre uma diminuição lenta e gradual dos níveis de testosterona. Com isso podem surgir sintomas que podem indicar a necessidade de reposição hormonal em uma parcela dos homens.
  
3-  Os principais sintomas que podem sugerir a reposição hormonal são: declínio do interesse sexual; alterações que dificultam a ereção; falta de concentração e capacidade intelectual; perda de pelos; ganho de peso à custa de gordura; diminuição de massa e força muscular; irritabilidade e insônia; entre outros. Nem todos os sintomas devem ser associados à falta de produção hormonal. 

4-   A diminuição de produção hormonal masculina, diferentemente da Menopausa, não determina o fim da fertilidade para o homem, apenas uma diminuição dela. 

5-   A Terapia de Reposição Hormonal Masculina deve ser indicada para todos os homens que apresentam os sintomas de queda hormonal. Ela é considerada a forma mais segura de aplicação através de gel, adesivos cutâneos ou injeções. 

6-    Antes de recorrer à terapia, é necessário que o paciente comprove a queda na taxa de hormônios, através de exames laboratoriais, com acompanhamento médico.

7-   Entre as contra-indicações para Terapia Hormonal Masculina está a suspeita ou caso confirmado de câncer de próstata ou de mama masculina. O acompanhamento médico durante o tratamento é primordial para a segurança do paciente. 

8-   Estilo de vida saudável, conquistado com uma dieta equilibrada, a prática de exercícios físicos de forma regular, uma boa qualidade do sono, não fumar e não engordar são ótima recomendações que podem retardar o aparecimento da deficiência de testosterona. 

9-   As medicações para reposição hormonal masculina não devem ser usadas para ganho muscular ou melhora do desempenho atlético de maneira abusiva. Elas podem causar graves efeitos colaterais e sérios danos à saúde. 

10-   Quando bem indicada, e feita com acompanhamento médico, a reposição hormonal traz benefícios aos homens, como melhora da libido, perda de peso, aumento da massa muscular e da densidade óssea.

Fonte: SBEM

terça-feira, 27 de março de 2012

Fator genético da obesidade é reduzido, em 50%, com caminhada de 1 hora por dia

Olha que estudo interesse mostrando mais uma vez o quanto a atividade física é fundamental para saúde e o bem estar.

Att.
Renata Antonialli

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Caminhada Reduz Fator Genético da Obesidade
Por Sandra Malafaia

Não dá para ignorar o fator genético da obesidade. Mas essa predisposição para engordar de alguns pode ser reduzida em 50% se a pessoa caminhar uma hora por dia, em ritmo constante. A conclusão é de um estudo apresentado na conferência sobre nutrição, atividade física e metabolismo (EPI/NPAM), organizada ela Associação Americana do Coração (AHA). O evento teve início no dia 13 de março e termina dia 16, em San Diego, EUA.

De acordo com os pesquisadores, a atividade da caminhada, realizada dessa forma, pode diminuir, pela metade, o Índice de Massa Corporal (IMC) dos indivíduos.

Por outro lado, segundo os especialistas, um estilo de vida sedentário, em que se passa quatro horas por dia diante da TV, eleva a influência dos genes sobre o tamanho da cintura e aumenta o IMC em 50%.

A pesquisa contou com a participação de 7.740 mulheres e 4.564 homens. Os cientistas colheram dados sobre a atividade física dos participantes e as horas dedicadas a ver televisão, durante dois anos, antes de avaliar o IMC.

Aumento de Peso

O efeito da predisposição genética à obesidade foi calculado com base em 32 variações genéticas que influenciariam o aumento de peso.

Segundo os especialistas, cada uma dessas variantes pode aumentar o IMC em 0,13 kg/m2. Mas esse efeito pode ser reduzido nos indivíduos que realizam mais atividade física, em comparação aos que se movem menos, com perdas de 0,15 kg/m2 e 0,08 kg/m2.

Da mesma forma, o efeito genético do sedentarismo sobre o IMC foi mais destacado entre os participantes que passaram 40 horas por semana vendo televisão, em comparação aos que dedicam uma hora ou menos a essa atividade. Os primeiros aumentaram 0,34 kg/m2 de IMC, contra 0,08 kg/m2 para os segundos.

Assim, os cientistas aconselham aos médicos saber se seus pacientes têm antecedentes familiares.
Uma pessoa é considerada obesa quando seu IMC é 30 ou mais.

Fonte: Abeso

segunda-feira, 19 de março de 2012

Novos resultados com o uso do pâncreas artificial em Diabéticos Tipo 1



A comunidade médica internacional recebeu há poucos dias a noticia de que Elle, uma adolescente com diabetes tipo 1, participou de uma experiencia no Massachusetts General Hospital de Boston, com um pâncreas artificial. Durante 3 dias o aparelho manteve o controle da sua glicose sangüínea praticamente normal, mesmo com uma alimentação irrestrita. A mãe de Elle revelou que, mesmo alimentando-se de hambúrguer, batatas-fritas e espaguete, os níveis de glicose não se alteraram. Em condições normais os alimentos citados elevam muito o nível de açúcar no sangue.
O pâncreas artificial é um pequeno aparelho que pode ser preso ao cinto da calça ou carregado no bolso. O dispositivo tem 2 pequenas peças que são colocadas sob a pele, uma para detectar os níveis de glicose e outra para infundir os hormônios insulina e glucagon. O glucagon serve para elevar os níveis de açúcar quando estes estão muito baixos. No experimento de Elle, o pâncreas artificial foi acoplado a um pequeno computador (laptop), porém no futuro ele poderá ser conectado a um aparelho de telefone celular do tipo smartphone. O computador serve para ajustar a glicose sangüínea a cada 5 minutos, através de algoritmos pré-programados que detectam a velocidade com que a glicose sobe o desce no sangue, fazendo assim os ajustes necessários através da infusão de insulina ou glucagon.
Por enquanto o FDA, agencia que regula os alimentos e medicações nos Estados Unidos, só permite experimentos com o pâncreas artificial em ambiente hospitalar. Após 3 dias, Elle teve que deixar o hospital e voltar ao seu tratamento habitual com múltiplas injeções de insulina ao dia. Segundo o órgão americano, o uso do pâncreas artificial fora do hospital ainda pode trazer sérios problemas de segurança, que em breve tendem a ser sanados.
O próximo passo será a instalação do dispositivo em crianças participantes de um acampamento de verão para diabéticos, em 2013. Espera-se que em poucos anos mais diabéticos poderão se beneficiar da nova tecnologia.
Dr. André Gustavo Daher Vianna
Médico Endocrinologista
Pesquisador do Centro de Diabetes Curitiba.
Fonte: SBD

O que são Hormônios Bioidênticos?

Prezados Pacientes, 

Devido as dúvidas sobre os Hormônios Bioidênticos e apesar de um pouco antiga, essa reportagem é bastante esclarecedora sobre esse assunto ainda muito controverso.

Att.
Renata Antonialli

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Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro e o crescimento do número de idosos no país, cada vez mais médicos e especialistas se deparam com questões relacionadas às terapias contra o envelhecimento. Dessa forma, Uma delas é a reposição hormonal. 

Muito se fala, hoje, dos chamados Hormônios Bioidênticos, substâncias hormonais que possuem exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano. A nomenclatura, no entanto, está sendo utilizada, indevidamente, apenas para os hormônios manipulados, como se fossem novas opções de tratamento quando, na verdade, há muito tempo hormônios bioidênticos são produzidos em indústrias farmacêuticas e estão disponíveis nas farmácias.

Para o Dr. Ricardo Meirelles, o uso do termo vem sendo feito com objetivos evidentemente comerciais, como uma forma de marketing. "Na realidade, quando um endocrinologista prescreve tiroxina (hormônio tiroidiano), estradiol e progesterona natural (hormônios ovarianos), testosterona (hormônio masculino), hormônio do crescimento e outros, está receitando hormônios bioidênticos, no sentido de que são hormônios cuja fórmula molecular é igual à dos produzidos pelo corpo humano", afirma.

De acordo com a Dra. Ruth Clapauch, o uso dos bioidênticos pode ser apropriado, porém devem ser utilizados com cautela. "Eles são importantes para controlar os níveis hormonais no organismo, repondo o que falta no nosso corpo, mas somente um endocrinologista estará apto para receitá-los de maneira correta, na dose ideal, evitando complicações futuras", afirma. 

Para ela, médicos devem estar atentos e dar preferência na prescrição médica a produtos produzidos com tecnologia de ponta e não artesanalmente, onde possa estar garantido o grau de pureza, dosagem, estabilidade, absorção, eficácia e segurança. "Fórmulas manipuladas podem apresentar diferenças em relação a substâncias testadas pela indústria farmacêutica, que passaram por estudos em laboratório, em animais e em pessoas antes que fossem aprovadas  para comercialização", afirma.

A doutora relembra o posicionamento Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos. Ele adverte que a fabricação individualizada de um hormônio, a tal "customização", é praticamente impossível de ser alcançada "porque os níveis de hormônio no sangue são difíceis de medir e regular devido às variações fisiológicas". Além disso, segundo o posicionamento, não há estudos que atestem os benefícios e riscos dos bioidênticos manipulados.

A especialista concorda com o texto. "Muitos dos manipulados não são controlados pelos órgãos de vigilância sanitária, ao contrário daqueles fabricados pelos grandes laboratórios, que foram testados e estudados", afirma. "Com hormônios industrializados, fica mais fácil para que o endocrinologista individualize a reposição hormonal, já que não existem oscilações nem inconsistência na quantidade das substâncias", completa.

Embora muitos médicos defendam que os bioidênticos sejam a chave para reduzir o processo de envelhecimento do corpo de maneira natural, nada está comprovado cientificamente e a população deve tomar cuidado com tais promessas. "Alguns especialistas defendem o fato de que os bioidênticos manipulados são naturais e, por causa disso, o organismo seria capaz de metabolizá-lo da mesma forma que faria com um hormônio do próprio corpo. No entanto, eles são produzidos de maneira artificial, e sofrem alterações em sua estrutura química", alerta a Dra. Ruth.

Fonte: SBEM

sexta-feira, 16 de março de 2012

Perfil do Câncer de Tireóide no Brasil



Lançado no final de Dezembro de 2011, o estudo  Estimativa 2012 – Incidência de Câncer no Brasil foi elaborado com a finalidade de orientar políticas públicas para o setor médico.  Divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), do Ministério da Saúde, a pesquisa apontou aproximadamente sete novas localizações de câncer no ranking dos tumores mais frequentes do Brasil, entre eles o câncer da tireoide.

De acordo com os dados, sem considerar os tumores da pele não melanoma, o câncer da tireoide em mulheres é o terceiro mais incidente na região Norte (7/100 mil). Nas regiões Sudeste (15/100 mil) e Nordeste (6/100 mil), ocupa a quarta posição, e, nas regiões Sul (10/100 mil) e Centro-Oeste (6/100 mil), a quinta e sexta posições, respectivamente. A magnitude em homens é muito pequena e, portanto, o cálculo da estimativa não foi recomendado.
Segundo os dados do estudo, em 2012 estão estimados 10.590 casos novos de câncer da tireoide, com um risco estimado de 11 casos a cada 100 mil mulheres.

Fonte: Ministério da Saúde e Inca, SBEM

quinta-feira, 15 de março de 2012

Filhos de Mães Obesas Podem Reverter Metabolismo Herdado

Com dieta e exercícios, filhos de obesas podem reverter metabolismo herdado das mães. 


Exercícios físicos e alimentação saudável, juntos, podem reverter um quadro metabólico negativo herdado por filhos de mães obesas. A conclusão é de uma pesquisa, realizada na Universidade de New South Wales, na Austrália, publicada recentemente no Journal Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Disease.

Sabe-se que a gravidez de uma mulher obesa altera hormônios e tem consequências na regulação do apetite e do metabolismo. A obesidade da mãe também está associada à intolerância à glicose, hipertensão arterial, doenças metabólicas e ao aumento de depósitos de gordura nos filhos.

A pesquisa da Universidade de New South Wales foi feita pela doutoranda Sultana Rajia, sob a orientação das professoras Margaret Morris e Hui Chen. Ambas tiveram como motivação a constatação de que 1/3 das mulheres grávidas estão obesas ou com sobrepeso, em várias partes do mundo, acarretando consequências negativas aos filhos.

O estudo foi realizado com ratos, uma vez que a maioria dos sistemas afetados pela obesidade é semelhante entre humanos e roedores. Além disso, segundo Margaret Morris, a utilização do modelo animal na pesquisa torna possível coletar dados através das gerações em tempo hábil.

Assim, conforme explicou, pela dificuldade em controlar o nível e a duração dos exercícios nos seres humanos, estudos com animais de laboratório ajudam a apontar quais os tipos de intervenções mais ou menos eficientes.

Mais Pesados

No estudo, três semanas após o nascimento, os filhotes das ratas obesas se mostraram 12% mais pesados que os das não obesas. Além disso, apresentavam grande acúmulo de gordura, aumento do índice de lipídios plasmáticos e intolerância à glicose.

Ao serem submetidos a uma dieta calórica, esses jovens roedores obtiveram 37% de aumento de peso. Mas depois de passarem por exercícios e alimentação correta, os mesmos ratos apresentaram diminuição nos índices de massa gorda, nos lipídios plasmáticos, na pressão sanguínea e na resistência à insulina.
Já os roedores sedentários que tiveram uma alimentação saudável não foram capazes de reverter os riscos metabólicos. 

Mudança de Hábitos

Na opinião do Dr. Lício Velloso, pesquisador do Departamento de Clínica Médica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a pesquisa australiana é de grande importância, pois evidencia que, por mecanismos epigenéticos, mulheres obesas geram filhos que podem tornar-se mais facilmente obesos com o passar dos anos, sendo que o quadro pode ser revertido com atividade física e alimentação saudável.

No entanto, de acordo com ele, o problema é que apenas uma minoria das pessoas consegue mudar seus hábitos de vida. O pesquisador brasileiro enfatizou que “a vontade dos indivíduos em alterarem um quadro metabólico via dieta e exercícios é uma dos maiores impasses para que políticas públicas contra obesidade tenham sucesso”.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16,9% das mulheres com mais de 20 anos estão obesas e 48% com sobrepeso.

Fonte: Abeso