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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Risco de Obesidade Pode Dobrar em Bebês de Parto Cesariano


Pesquisa nos EUA reafirma que nascidos por cesárea são mais propensos à obesidade.



Cientistas americanos reafirmaram a teoria de que crianças nascidas por cesárea têm mais riscos de sofrer obesidade. A pesquisa acaba de ser publicada na revista Archives of Disease in Childhood. Estudo semelhante a este foi feito, ano passado, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, comprovando que bebês que vêm ao mundo por cesariana apresentam 58% mais chances de se tornarem obesos na idade adulta.

Segundo os pesquisadores americanos do Boston Children´s Hospital, em Massachusetts, quando as crianças atingem os três anos de idade, o nível de obesidade é duas vezes maior entre as que nasceram por cesariana.

Motivo

O motivo, de acordo com os cientistas, é que a cirurgia possa afetar a flora bacteriana do aparelho digestivo, causando alterações no modo como o alimento é digerido.

A pesquisa acompanhou 1.255 mulheres com seus bebês de 1999 a 2002. Após verificarem o peso dessas crianças na hora do nascimento e ao atingirem os três anos, constataram que, do grupo de nascidos por cesariana, 16% eram considerados obesos nessa faixa etária – mais que o dobro da taxa entre nascidos por parto normal: 7,5%.

Além disso, descobriram que mulheres que fizeram cesariana tinham propensão a pesarem mais do que as de parto normal. Tal característica poderia influenciar a obesidade de seus filhos.

Mesmo com esses resultados, o porta-voz do Royal College de obstetras e ginecologistas, Patrick O´Brien, considerou a amostra do estudo ainda é pequena, sendo necessário replicar esses resultados em um grupo maior de mulheres.

Fonte: Abeso

terça-feira, 22 de maio de 2012

Insulina degludec, nova insulina de longa ação, é útil para tratar o diabetes tipo 1 e diminui a hipoglicemia noturna



O tratamento intensivo com bolus de insulina melhora o controle glicêmico e reduz o risco de complicações associadas ao diabetes mellitus tipo 1. A insulina degludec é uma nova insulina de longa duração. O presente trabalho, publicado pelo The Lancet, comparou a eficácia e a segurança da insulina degludec e dainsulina glargina, ambas administradas uma vez por dia, juntamente com insulina Aspart às refeições, em terapia para o diabetes tipo 1.

 O desfecho primário foi de não inferioridade da insulina degludec em relação à insulina glargina, avaliado como uma redução na hemoglobina glicosilada (HbA1c) após 52 semanas.

 De 629 participantes, 472 foram aleatoriamente designados para receberem insulina degludec e 157 para usar insulina glargina, todos foram analisados em seus respectivos grupos de tratamento. Em um ano, a HbA1c caiu 0,40% e 0,39%, respectivamente, com insulina degludec e insulina glargina. Dos participantes, 188 (40%) e 67 (43%) alcançaram meta de HbA1c inferior a 7%.

As taxas de hipoglicemiaforam semelhantes nos dois grupos. A taxa de hipoglicemia noturna confirmada foi 25% menor com degludec, quando comparou-se à insulina glargina. O total de eventos adversos graves (14 versus 16 eventos por 100 pacientes por ano de exposição) foram semelhantes para insulina degludec einsulina glargina.

Concluiu-se que a insulina degludec pode ser uma insulina basal útil para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 1, pois fornece controle glicêmico eficaz, reduzindo o risco de hipoglicemia noturna, que é uma grande limitação da terapêutica com insulina.

Fonte: News.medThe Lancet

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Autoexame da Tireóide




Enquete realizada pelo site da SBEM Nacional mostra que a grande maioria das pessoas não conhece ou não faz o autoexame da tireoide. De acordo com a pesquisa online, 40,8% dos internautas afirmaram que não fazem o exame, 35,6% disseram nunca ter ouvido falar dele e apenas 23,6% o fazem.

A tireoide é uma glândula em forma de borboleta que está localizada logo abaixo do pomo de Adão, o popular gogó. Embora pequena, ela é importante para o bom funcionamento de vários órgãos, como coração, fígado, rins, ovários, entre outros, além de produzir os hormônios denominados T3 e T4, combustíveis das células do nosso organismo. Problemas na tireoide podem fazer com que ela produza esses hormônios em excesso ou em quantidade insuficiente, causando o hipertireoidismo ou hipotireoidismo, respectivamente.

Outro problema relacionado à tireoide são os nódulos tireoidianos, caroços que aparecem na glândula, mais comumente nas mulheres e mais frequentemente com o envelhecimento. Eles podem ser únicos ou múltiplos, de tamanhos variados, e estão presentes em 5% a 10% da população adulta. Cerca de 5% dos casos podem representar algum tipo de câncer.

Além da estética, os nódulos podem causar incômodo no pescoço, dificuldade para engolir e até desconforto respiratório, dependendo do seu tamanho. Eles podem ser detectados apalpando a região do pescoço. Embora fácil de ser diagnosticado, ele deve ser confirmado pelo médico endocrinologista através de exame clínico e complementar.

Autoexame da Tireoide

Para realizar o autoexame, você vai precisar de um espelho com cabo e um copo d'água.

1. Segure o espelho procurando em seu pescoço a região abaixo do pomo de Adão (gogó). Sua tireoide está localizada nesta área
2.  Focalize esta área com o espelho estendendo a cabeça para trás para facilitar a visualização.
3. Beba um gole d'água.
4. Ao engolir, observe em seu pescoço se existe alguma saliência ou elevação localizada. Repita este teste várias vezes, se necessário.
5. Observe se existe algum nódulo ou saliência. Ao notar alguma alteração, procure um endocrinologista para obter orientações.

Tratamento

O tratamento varia de acordo com o tamanho do nódulo e se ele está produzindo muito hormônio, ou não. Quando indicada pelo endocrinologista, é feita uma pequena retirada de células do nódulo, através de uma punção. Tal medida ajuda os médicos a orientar seus pacientes sobre o tratamento correto.

Fonte: Sbem

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Vigitel 2011: Confira a entrevista da Dra. Renata Antonialli ao site do G1.com a repeito do Diabetes

Ontem a Dra. Renata Antonialli concedeu uma entrevista ao site G1.com a respeito de crescimento de diabetes no Brasil, conforme o último levantamento do Vigitel e também sobre os aspectos da doença.


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Pesquisa revela que 5,8% dos adultos de Campo Grande tem diabetes tipo 2


Dado equivale a 23,5 mil moradores campo-grandenses com a doença.
Índice é pouco maior que a média nacional (5,6%), segundo ministério.
Campo Grande tem 5,8% da população adulta e idosa com diabetes tipo 2, de acordo com dados divulgados nessa quarta-feira (9) pelo Ministério da Saúde. Considerando o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual indica que há 23,5 mil moradores da capital sul-mato-grossense maiores de 20 anos com a doença, já que a população total dessa faixa é de 405,2 mil.

Dados sobre a diabetes são referentes a 2011 e foram levantados pela pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que coletou informações em Campo Grande e outras 25 capitais brasileiras, além do Distrito Federal.

O levantamento aponta que 7,1% das mulheres e 4,4% dos homens campo-grandenses têm a doença, de acordo com o Ministério da Saúde. Levando em conta o Censo 2010, os índices mostram que o diabetes atinge 15,1 mil adultos do sexo feminino e 8,4 mil do sexo masculino.

No geral, Campo Grande está pouco acima do índice nacional de adultos com diabetes, que é de 5,6%. Entretanto, quando o foco muda para os gêneros, as disparidades ficam maiores (5,2% dos homens e 6% das mulheres brasileiras têm a doença).

A doença

A médica endocrinologista Renata Antonialli explicou ao G1 que o diabetes é uma doença em que há aumento de glicemia (açúcar no sangue). Pode ocorrer porque o pâncreas não produz insulina suficiente ou pelo fato desta não atuar de maneira adequada no organismo para reduzir a glicemia.

O tipo 2 é o mais frequente e, segundo Renata Antonialli, está relacionado principalmente à obesidade e hipertensão. “Nos últimos anos, aumentou o número de diabéticos devido à dietas inadequadas, falta de atividade física e estresse, fatores que favorecem a obesidade”, disse a endocrinologista.
De acordo com a médica, os principais sintomas de pessoas portadoras de diabetes são: muita sede, urina em excesso, perda de peso sem explicação e fome excessiva.

Basicamente, o principal método para constatar a doença é pela medição da glicemia. Segundo a endocrinologista, uma pessoa saudável deve ter taxa de açúcar no sangue menor que 100 mg/dL quando em jejum mínimo de 8 horas.

“Entre 100 e 125 mg/dL [em jejum], o paciente tem que investigar, pois pode ter a doença. Acima disso, é diabético com certeza”, alertou Renata Antonialli. Para um diagnóstico preciso, a orientação é que a pessoa procure um médico para realização de exames clínico e laboratorial.

Fonte: G1.com

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Entrevista com a Dra Renata Antonialli amanhã na TV Morena

Amanhã (10/05) às 7:30h da manhã, a Dra. Renata Antonialli estará sendo entrevistada no programa "Bom Dia MS" da TV Morena (filiada da rede Globo em MS), sobre o Diabetes no Brasil.

Vale a pena conferir!!

Pesquisa aponta que diabetes é maior em mulheres

Em homens o percentual subiu de 4,4%, em 2006, para 5,2%, em 2011. Ministério da Saúde quer fortalecer políticas de combate às doenças crônicas não transmissíveis.

Dados inéditos da pesquisa Vigitel 2011 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostram que a tendência de diabetes está crescendo no Brasil. Em homens, o percentual subiu de 4,4%, em 2006, para 5,2%, em 2011. Apesar do aumento, a prevalência de homens que informam  ter a doença continua sendo inferior a das mulheres (6%). Os números foram divulgados, nesta quarta-feira (9), pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o Fórum Pan-Americano de Ação contra as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), que ocorre em Brasília.


O levantamento, que coletou dados nas 26 capitais e no Distrito Federal, revela que 5,6% da população declaram ter a doença. O estudo mostra ainda que o diagnóstico de diabetes é mais comum em pessoas que estudam menos: 3,7% dos brasileiros com mais de 12 anos de estudo declaram ser diabéticos, enquanto 7,5% dos que tem até oito anos de escolaridade dizem ter a doença. Uma diferença de mais de 50%. Para o ministro Alexandre Padilha, os dados comprovam a importância de trabalhar cada vez mais na prevenção e ampliar o acesso à informação. “É de extrema importância o fortalecimento de ações de prevenção e melhoria na qualidade da educação, além da expansão do diagnóstico e do oferecimento de medicamentos gratuitos”, analisou o ministro.
O autorrelato de diabetes também aumenta com a idade da população. O diabetes atinge 21,6% dos idosos (maiores de 65 anos), índice bem maior do que entre a faixa etária de 18 a 24 anos (0,6%).
 A capital com maior percentual de diabéticos foi Fortaleza (7,3%), seguido de Vitória (7,1%) e Porto Alegre (6,3%). Os menores índices estão em Palmas (2,7%), Goiânia (4,1%) e Manaus (4,2%).
Os percentuais crescentes de diabetes no país podem estar relacionados ao aumento da obesidade e do excesso de peso, principais fatores de risco para a doença. Contribui, ainda, o aumento da população idosa e o aumento do diagnóstico da atenção básica de saúde. Segundo o Vigitel 2011, no período de 2006 a 2011, houve um crescimento de 28% na prevalência de obesidade no Brasil. Nos homens, o percentual de excesso de peso passou de 47,2% para 52,6% nos últimos seis anos.
A pesquisa também aponta que 22,7% da população adulta brasileira são hipertensos. O diagnóstico em mulheres (25,4%) é mais comum do que em homens (19,5%) e também é preocupante entre os mais velhos, chegando a 59,7% em pessoas com mais de 65 anos.

INTERNAÇÕES E ÓBITOS: Segundo levantamento do Ministério da Saúde, o número de internações por  diabetes no Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou em 10% entre 2008 e 2011, passando de 131.734 hospitalizações para 145.869. Entretanto, houve queda na comparação com 2010, quando foram registradas 148.452 internações.
Em 2009, o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, notificou 52.104 mortes por diabetes no país. Em 2010, este número subiu para 54.542. Apesar do aumento, observa-se uma desaceleração nos últimos três anos. Entre 2005 e 2007, o percentual de aumento foi de 16% e, entre 2008 e 2010, o número caiu para 7,5%.
ACESSO A MEDICAMENTOS: O programa Saúde Não Tem Preço tem promovido a ampliação da rede Aqui Tem Farmácia Popular, disponibilizando medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes nas farmácias credenciadas desde fevereiro de 2011. No último ano, houve aumento de 84% no número dos diabéticos atendidos na rede Aqui Tem Farmácia Popular, passando de 586.898 (abril/2011) para 1.078.280 (abril/2012). A oferta de medicamentos gratuitos é resultado de um acordo entre o Ministério da Saúde e entidades da indústria e do comércio.
O orçamento do Ministério da Saúde para medicamentos mais do que dobrou de 2003 para 2010 – correspondia a 5,8% do  orçamento da pasta em 2003 e passou para 12,5% a partir de 2010. Em 2012, o valor para compra desses produtos chega a R$ 7,7 bilhões.
COMBATE ÀS DCNT: Para prevenir e reduzir as mortes prematuras por DCNT (diabetes, câncer, hipertensão e outras doenças do aparelho circulatório e respiratório) - responsáveis por 72% das causas de morte em todo o país, o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, com metas até 2022. Lançado em 2011, o plano prevê a redução de 2% ao ano das mortes prematuras por essas doenças a partir da melhoria de indicadores relacionados ao tabagismo, álcool, alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade. Entre as ações desenvolvidas, está o Programa Academia da Saúde, que disponibiliza polos para o desenvolvimento de atividades físicas com orientação profissional, além de atividades de segurança alimentar e nutricional e de educação alimentar. Dos 4 mil polos previstos para construção até 2014, 2.007 já foram habilitados.
Para melhorar a dieta do brasileiro, o Ministério da Saúde e indústria alimentícia firmaram o compromisso de reduzir, gradualmente, o uso do sódio em 16 categorias de alimentos até o ano de 2014, com aprofundamento das medidas até 2016. Na lista estão, entre outros, batatas fritas e batata palha, pão francês, bolos prontos, salgadinhos de milho, maionese e biscoitos recheados. O sódio está presente no sal de cozinha e seu consumo excessivo está associado a uma série de doenças crônicas, como hipertensão arterial, problemas cardiovasculares, distúrbios renais e cânceres.
O Plano de Ações Estratégicas também prevê o fortalecimento do Programa Saúde na Escola, voltado para a promoção da saúde de crianças e adolescentes. Em março deste ano, o Ministério da Saúde realizou a primeira edição da Semana de Mobilização Saúde na Escola. Foram realizadas ações de promoção à saúde, prevenção e controle da obesidade em 2.495 escolas públicas que aderiram ao programa este ano. A iniciativa envolveu 11 milhões de alunos com idade entre 5 a 19 anos. O tema de trabalho prioritário foi Prevenção da obesidade na infância e na adolescência.

FÓRUM: O Brasil é sede da 1ª Reunião do Fórum Pan-Americano de Ação contra as Doenças Crônicas que ocorre entre os dias 8 e 9 de maio. O evento pretende expandir o debate sobre as ações de prevenção e combate às doenças crônicas aos representantes da sociedade civil - associações de profissionais da saúde e de portadores, ONGs, indústrias e universidades. O resultado desse trabalho orientará as ações intra e intersetoriais na resposta às DCNTs.

Abaixo, seguem os alguns dados do Vigitel, com destaque para a nossa região de Campo Grande:





Fonte: Portal da Saúde

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Cirurgia Bariátrica: Mitos e Verdades



Com o aumento no números de pacientes obesos no Brasil, a procura pela Cirurgia Bariátrica (popularmente conhecida como "cirurgia da obesidade" ou "cirurgia da redução do estômago") tem sido cada vez mais frequentes nos consultórios médicos.

Geralmente o paciente chega com muitas dúvidas a respeito do procedimento, complicações, mitos, enfim. Para ajudar um pouco esses pacientes, encontrei  essa matéria no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica que acredito que possa esclarecer algumas das perguntas que pairam à cabeça desses pacientes.

Lembrando que acima de tudo, o paciente que tem o interesse em realizar a cirurgia deve procurar um profissional capacitado em realizar esse tipo de procedimento, verificar se REALMENTE HÁ INDICAÇÃO PARA O SEU CASO, esclarecer todas as dúvidas antes da cirurgia e estar sendo acompanhado por uma equipe multi-disciplinar (nutricionista, psicólogo, endocrinologista e outros profissionais - quando necessário).

Att.
Renata Antonialli

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Cirurgia Bariátrica: Mitos e Verdades


Em um ano de pós-operatório, o paciente normalmente engorda.

Mito.
Na maioria dos casos, o ganho de peso ocorre quando o paciente não assume hábitos saudáveis, como a adoção de dieta menos calórica e mais nutritiva e a prática de exercícios físicos regulares.

Perde-se mais peso nos primeiros seis meses.

Verdade.
A perda mais significativa de peso ocorre nos primeiros seis meses. Daí a importância de o paciente seguir com disciplina as recomendações médicas nessa primeira etapa do pós-operatório.

Quem faz a cirurgia bariátrica fica propenso a alcoolismo, uso de drogas ou comportamento compulsivo para compras.

Mito.
Não existe nenhuma evidência científica de que, no pós-operatório, o paciente comece a ter tendência ao alcoolismo ou ao uso de drogas. Quanto à compulsão por compras, pode-se evitar um comportamento desse tipo por meio de acompanhamento psicológico. A evolução histórica das cirurgias mostra que o paciente, ao perder peso, resgata a autoestima e por isso passa a ter prazer em adquirir roupas e outros produtos de uso pessoal.

A mulher pode engravidar no pós-operatório.

Verdade.

A paciente é liberada para engravidar sem riscos após 15 meses de pós-operatório. Durante esse período, recomenda-se a anticoncepção. No entanto, os anticoncepcionais orais (pílulas) devem ser evitados.

Sempre é possível fazer a cirurgia videolaparoscópica.

Verdade.

Somente em situações especiais não é possível realizar esse tipo de cirurgia. É o caso, por exemplo, de pessoas submetidas a cirurgias abdominais prévias.

A depressão é uma consequência comum para quem faz a cirurgia.

Mito.
Não existe uma tendência. Se o paciente ficar deprimido, isso pode ocorrer devido a fatores desconhecidos, que devem ser investigados por psicólogo ou psiquiatra.

Há tendência à anemia no pós-operatório.

Verdade.

De fato isso ocorre. Entre os pacientes, as mulheres têm maior tendência à anemia, por causa da menstruação, perda de ferro e pouca presença de carne vermelha na dieta. Essa situação pode ser minimizada com a ingestão de alimentos ricos em ferro, ou, se necessário, com a utilização de suplementos vitamínicos.

Depois da operação, é comum a intolerância a leite. 

Mito.

Normalmente não há reações adversas ao consumo de leite e derivados. Esses alimentos são, inclusive, recomendados, sobretudo para as mulheres, como fontes de cálcio.

O apoio da família e à família é indispensável. 

Verdade.

Deve-se prestar toda a assistência e orientação à família do paciente, oferecendo o máximo de informações solicitadas e, quando necessário, também consulta psicológica. Os novos hábitos a serem adotados pelo paciente devem ser compartilhados e estimulados por todos que convivem com ele.

A cirurgia causa problemas renais. 

Mito.

Não foi observada tendência a problemas renais.

O paciente sente muitas dores no primeiro mês do pós-operatório. 

Mito.

Normalmente, as dores se manifestam somente no primeiro dia do pós-operatório. Isso acontece porque o abdômen precisa ser inflado com gás carbônico na cirurgia por videolaparoscopia, para possibilitar a melhor manipulação dos órgãos internos. 

O paciente que sofre de gastrite pode ser operado. 

Verdade.

Não há restrição cirúrgica para paciente com gastrite.

Depois da cirurgia bariátrica, o paciente deve fazer cirurgia plástica corretiva. 

Mito.
Nem sempre é necessário fazer cirurgia plástica após o procedimento bariátrico. Cada caso deve ser avaliado criteriosamente pela equipe multidisciplinar responsável pelo tratamento.

Durante a videolaparoscopia, há situações em que é preciso converter a cirurgia em procedimento aberto. 

Verdade.
Algumas situações exigem que o cirurgião converta a videolaparoscopia em procedimento aberto. Essa decisão é baseada em critérios de segurança e só pode ser tomada durante o ato operatório.
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E aí, gostaram das dicas??
Bom final de semana a todos.

Fonte: SBCBM