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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Tirando Dúvidas sobre Uso de GH


O GH é um hormônio de crescimento e está presente em todas as pessoas. Ele é produzido pela glândula hipófise, situada na base do crânio, e é muito importante para o crescimento desde os primeiros anos de vida. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o uso deste hormônio, o site da SBEM conversou com o Dr. Cesar Boguszewski, diretor do Departamento de Neuroendocrinologia da SBEM, e com a Dra. Margaret Cristina da Silva Boguszewski, professora de Endocrinologia Pediátrica da UFPR, autora do livro “Como os Nossos Filhos Crescem” publicado pela Editora Campus, de onde algumas respostas foram tiradas. Confira:

Normalmente, até quantos anos uma pessoa pode crescer? Existe diferenciação entre homens e mulheres?

Muitas pessoas acreditam que os jovens crescem até os 18 ou até os 21 anos de idade, associando crescimento com maioridade legal. Entretanto, esta não é a realidade. O crescimento é um processo bastante dinâmico que inicia na concepção e se estende até a vida adulta, ocorrendo em intensidades variáveis nas diferentes fases da vida de uma criança e de um adolescente. Cada pessoa irá crescer enquanto seus ossos tiverem cartilagens de crescimento não calcificadas, independentemente da idade cronológica que ela apresente. O amadurecimento e a calcificação destas cartilagens de crescimento dependem principalmente da puberdade. Tomemos como exemplo dois jovens de mesma idade cronológica, porém em diferentes estágios de puberdade: aquele com um desenvolvimento mais avançado da puberdade provavelmente terá as cartilagens mais calcificadas e mais próximo de parar de crescer do que o outro que está apenas na fase inicial da puberdade. Da mesma maneira, uma menina de 10 anos de idade que esteja com as mamas desenvolvidas, com pêlos pubianos e já apresentou a primeira menstruação deve parar de crescer antes do que uma menina de 12 anos de idade que esteja apenas iniciando o desenvolvimento mamário. Este grau de amadurecimento das cartilagens pode ser avaliado com uma radiografia das mãos e dos punhos para avaliação da “idade óssea”.

Há diferença entre meninos e meninas. Nos meninos, a puberdade e o estirão de crescimento começa em média 2 anos mais tarde do que nas meninas. Essa “demora” prolonga o crescimento antes da puberdade, que associado com um estirão mais intenso e um período de crescimento mais prolongado no sexo masculino, resulta que os homens sejam em média 13 cm mais altos que as mulheres.

Quando é recomendado o uso de GH?

O tratamento de reposição (substituição) com GH está indicado em todo indivíduo, independente da faixa etária, que apresente deficiência da produção de GH pela hipófise. A deficiência de GH pode ter início na infância (nanismo hipofisário) ou na vida adulta, consequente, por exemplo, a um tumor da hipófise. Na infância, o GH também pode ser benéfico na baixa estatura em meninas com Síndrome de Turner, em crianças nascidas pequenas para a idade gestacional, nos portadores da Síndrome de Prader-Willi, em crianças com insuficiência renal crônica, entre outros.

Até que idade pode ser feito o uso de GH?

Em geral, nas crianças com baixa estatura causada pelas diferentes etiologias em que o uso de GH está aprovado, o tratamento pode ser feito até que se atinja a estatura final planejada. Em geral, isso não se baseia na idade cronológica, mas sim na idade óssea e na velocidade de crescimento que a criança está apresentando. Naqueles em que o tratamento foi iniciado em decorrência da deficiência de GH, que pode se manifestar desde os primeiros anos de vida, ou naqueles que desenvolveram a deficiência posteriormente (por exemplo, em decorrência de um tumor na glândula hipófise), o GH pode ser iniciado no momento do diagnóstico da deficiência, e muitas vezes é mantido por toda a vida. 

Como é feito o tratamento com GH?

O tratamento com GH é feito através de injeções diárias, aplicadas ao deitar, por via subcutânea (isto é, na gordura) nas coxas, braços, nádegas ou abdome. Não existem preparações em formas de comprimidos, sprays, supositórios ou adesivos.

O uso de GH pode gerar efeitos colaterais? Quais são eles?

Em geral, quando usado sob orientação médica o tratamento com GH é bem tolerado e tem poucos efeitos colaterais. Reações locais da aplicação são raras mas podem ocorrer. Raramente o uso de GH pode causar hipertensão intracraniana benigna (“síndrome do pseudotumor cerebral”), que cursa com dor de cabeça, vômitos, alterações visuais, agitação ou alterações da marcha (do ato de andar).  Em adultos, os principais efeitos colaterais se relacionam com retenção de água que o GH pode promover, causando inchaço, dores articulares ou musculares, e formigamentos de extremidades, geralmente relacionados com a síndrome do túnel do carpo. 

Existem casos em que este tratamento não pode ser utilizado?

O GH não deve ser utilizado em portadores de neoplasias (tumores) malignos em atividade, pacientes com crescimento não controlado de tumores intracranianos benignos, em portadores de diabetes descompensado e naqueles com retinopatia diabética, pacientes aguda e criticamente enfermos por complicações após cirurgia cardíaca, cirurgia abdominal, trauma acidental múltiplo ou insuficiência respiratória aguda.          

Há métodos cirúrgicos para crescimento?

Existem procedimentos cirúrgicos para alongamento ósseo, utilizados principalmente quando existe alguma deformidade óssea associada. Pacientes que sofreram algum trauma ósseo, tumor, mal-formações, entre outras situações em que a cirurgia não apenas favorece o alongamento ósseo mas corrige também as deformidades. A cirurgia apenas para aumentar a altura geralmente não é recomendada.

 Quem pode recomendar o uso de GH? Ele é vendido apenas com prescrição médica?

Idealmente, o uso terapêutico de GH deve ser indicado por médico endocrinologista ou endocrinologista pediátrico, que são capacitados para isto. Entretanto, qualquer médico pode prescrevê-lo e ele deve ser vendido sob prescrição e supervisão médica.                      
      
 Quanto tempo dura o tratamento para crescimento?

Depende da causa da baixa estatura, da resposta que se está obtendo e da presença de cartilagens de crescimento que permitam continuar o tratamento. Em uma criança com diagnóstico de deficiência de GH desde os primeiros anos de vida, o tratamento pode ser mantido por muitos anos até atingir a altura adulta.

Em que casos o uso de GH deve ser interrompido?

Quando a resposta não é a esperada, na presença de efeitos adversos, ou quando o paciente não quer mais o tratamento.

Quando os pais podem perceber que uma criança apresenta problemas de crescimento? Existem indicações?

Toda criança deve ser medida e pesada pelo menos uma vez ao ano. Desta forma se tem uma avaliação contínua do crescimento e qualquer desvio do normal será percebido rapidamente. Este acompanhamento regular deveria ser seguido rigorosamente por todos.

Fatores genéticos podem influenciar na altura final de uma pessoa?

Sim. A altura de uma pessoa é resultado da combinação de vários genes (“herança poligênica”) oriundos de seu pai e de sua mãe. Em geral, temos 50% de chance de ter uma altura semelhante à do pai ou da mãe, irmãos tem 50% de chance de ficarem com alturas semelhantes e 25% de semelhança pode ser esperado em relação a altura de avós e tios. Em gêmeos monozigóticos (“idênticos”), cuja carga genética é a mesma, a altura final será praticamente igual, desde que ambos passem pelas mesmas condições ambientais ao longo do período de crescimento. Entretanto, se um deles tiver algum problema nutricional ou alguma doença crônica, ele poderá perder altura e ficar mais baixo em relação ao outro que não enfrentou condições desfavoráveis. 

A prática de atividades físicas contribui com o crescimento?

Exercícios físicos são excelentes e recomendados para todas as crianças por diversas razões. Além dos benefícios sobre o peso, a musculatura e a mineralização óssea, a atividade física pode corrigir vícios de postura e, com isso, melhorar a estatura de uma criança. Entretanto, a atividade física por si não deve mudar o padrão de crescimento ou mudar a altura que a criança atingirá na vida adulta. Portanto, atividade física deve ser estimulada, mas não deve ser indicada como solução ou tratamento para um problema de crescimento. Além disso, atividade física extenuante ou muito intensa (geralmente praticada por atletas de nível olímpico) pode prejudicar o desenvolvimento puberal e o crescimento de uma criança.

Qual a relação entre o uso de GH e a prática de exercício físico? Eles podem ser feitos em conjunto?

A criança em tratamento com GH pode praticar todas as atividades esportivas, sem restrição, a não ser que exista alguma restrição pela doença de base. Quanto ao local da aplicação, a medicação é aplicada antes de dormir a noite, de forma que a criança ficará em repouso após a aplicação e não deverá ter atividade muscular que interfira na absorção da droga.

Além do uso de GH, quais as outras alternativas que podem contribuir para o crescimento?

O GH é uma medicação e como tal é uma opção apenas naquelas situações onde comprovadamente ocorrerá um benefício com o tratamento. Da mesma forma, alternativas de tratamento dependem da causa do crescimento inadequado: anemia, hipotireoidismo, entre outros. Quando não existe doença, uma vida saudável, alimentação adequada, atividade física, horas de sono suficiente, tudo favorece um crescimento saudável.

Fonte: Sbem

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Falta de Atividade Física Reduz Expectativa de Vida em Até 10 Anos


Atividade física é melhor forma de combater a epidemia da obesidade, segundo especialistas.


Quem se exercita diminui em até 50% a chance de desenvolver doenças crônicas, como diabetesproblemas cardiovasculares e câncer. Por outro lado, a falta de atividade física pode reduzir em até 10 anos a expectativa de vida. Os dados foram abordados no Simpósio sobre Balanço Energético da Série Científica Latino-Americana, que acaba de ser realizado no Guarujá (São Paulo).


No simpósio, que reuniu mais de 130 especialistas e pesquisadores em nutrição e saúde pública em todo o continente, os especialistas chegaram à conclusão de que a atividade física é a forma mais eficiente de combater a epidemia da obesidade.

Para o Dr. Eric Ravussin, diretor do Centro Biomédico Pennington de Pesquisa em Nutrição sobre Obesidade, da Universidade do Estado de Louisiana, um dos fatores determinantes no ganho de peso da população, nos últimos anos, é o aumento da ingestão de gordura, e não de carboidratos e açúcares, já que as gorduras têm um maior impacto no desequilíbrio de energia.

Forma Diferente

O Dr. Ravussin explicou que o metabolismo do corpo humano funciona de forma diferente para carboidratos e gorduras. Enquanto os primeiros vão para o fígado, e servem para proporcionar energia ao músculo esquelético, os segundos praticamente servem para desenvolver o tecido adiposo, levando ao aumento de peso e medidas.

Já o Dr. John Dupley, da Universidade de Rosário (Colômbia), que também participou do evento, apresentou provas científicas dos benefícios da atividade física em todas as áreas da saúde.

De acordo com ele, praticar uma hora de exercício moderado, diariamente, pode ativar cerca de 800 genes que contribuem para a manutenção da boa saúde, bem como para reduzir em até 50% o desenvolvimento de doenças, como câncer, diabetes e derrame.

O Dr. Dupley listou cinco intervenções no estilo de vida capazes de reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em até 90%: não fumar, ter um consumo moderado de álcool, comer cinco porções de frutas e vegetais, fazer pelo menos 150 minutos de exercícios físicos por semana, equivalente a meia hora por dia, e ter um peso adequado.

Outras Considerações

Segundo o Dr. Fernando Lavalle, presidente do Comitê Científico responsável pela organização do simpósio, o controle inadequado do balanço energético é provavelmente a principal causa de obesidade que afeta a América Latina.

Por sua vez, o Dr. Mauro Valencia, pesquisador da Universidade de Sonora, salientou que o gasto energético total de um indivíduo está determinado pelo gasto do próprio metabolismo, o efeito termogênico dos alimentos e o gasto pela atividade física que é o mais variável.

Fonte: Abeso

sábado, 25 de agosto de 2012

Antibióticos Podem Causar Obesidade em Bebês




Antibióticos podem destruir micróbios do intestino, responsáveis pela absorção de calorias, diz estudo

É sabido que antibióticos matam microrganismos. No entanto, eles também podem destruir micróbios do intestino que desempenham importante papel na forma como se absorvem as calorias ingeridas. Assim, segundo estudo publicado pelo International Journal of Obesity, se administrados a bebês com menos de seis meses, esses medicamentos poderão acarretar um fator para a obesidade dessas crianças numa fase posterior.

Segundo Leonardo Trasande, da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova Iorque e um dos autores do estudo, geralmente se associa a obesidade a um problema que se deve em grande parte a uma dieta alimentar pouco saudável e à falta de exercícios. Porém, cada vez mais estudos sugerem que essa doença é mais complicada.

No estudo, foi analisada a utilização de antibióticos por 11.532 crianças nascidas em Avon, no Reino Unido, entre 1991 e 1992. Verificou-se que os bebês que estiveram expostos a antibióticos nos primeiros cinco meses de vida pesavam mais para o seu tamanho do que as outras crianças, numa diferença que se acentuou aos três anos e dois meses.

A conclusão foi a de que as crianças tratadas com antibióticos no início da sua vida tinham mais 22% de possibilidade de terem excesso de peso.

Fonte: Abeso

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Você já fez seu Fundo de Olho?

Prezado Paciente,

Você já fez seu fundo de olho? O exame de FUNDO DE OLHO é extremamente importante no diagnóstico de diversas doenças, dentre elas a Oftalmopatia Diabética.

Essa lesão geralmente é encontrada em pacientes diabéticos que não mantiveram um bom controle da doença, levando ao longo dos anos ao desenvolvimento dessa complicação crônica.

Quando diagnosticada a tempo, é possível o tratamento para que se evite que a lesão progrida para cegueira. Por isso que é tão importante que se faça esse exame periodicamente.

Recomenda-se a realização do exame de fundo de olho (ou fundoscopia, como também é chamado) anualmente (quando o  exame estiver normal), ou em intervalos menores de acordo com a necessidade.

A fim de explicar mais sobre esse assunto, veja esse vídeo da reportagem do Jornal Hoje, exibido pela emissora Globo, no dia 07/08/2012, enfatizando a importância que esse simples exame pode trazer na vida das pessoas.

Att.
Renata Antonialli



Fonte: Jornal HojeYoutube

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Revista Veja: Hormônios mais Poderosos

Na Revista Veja dessa semana (Edição 2283 - ano 45 - n° 34 de 22 de agosto de 2012), a reportagem de capa traz a respeito de um novo hormônio descoberto recentemente : A IRISINA.

A Irisina é um hormônio produzido pelos músculos com ação nas células adiposas. Esse hormônio age ativando determinadas células de gordura a termogênese. Ou seja, teoricamente a Irisina teria o poder de acelerar o metabolismo do tecido adiposo e portanto, de fazer emagrecer.

As descobertas sobre a Irisina, foram divulgadas nas revistas científicas Nature e Cell. Até o momento, o uso da versão sintética do hormônio foi testada apenas em camundongos. Os resultados são promissores em relação a perda de peso. 

No entanto, devemos ser cautelosos na interpretação dos resultados pois os mesmos ainda não foram reproduzidos em Humanos. As experiências com  Irisina em Humanos devem começar a partir 2013.

A reportagem é interessante e vale a pena ser lida, principalmente pela explicação sobre os demais hormônios que regem todo o nosso organismo (e como a reportagem mesma fala: são Muitos!!!). Isso é um dos motivos que torna o Ser Humano, um dos organismos mais fantásticos a serem desvendados.

Vamos esperar que os novos estudos nos tragam notícias ainda melhores para contribuir no tão difícil tratamento da Obesidade!

Att.
Renata Antonialli

Fonte: Revista Veja

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

08 de Agosto: Dia Nacional de Combate do Colesterol



Hoje,  dia 8 de agosto se comemora o Dia Nacional de Controle do Colesterol. Pensando nisso, a SBEM publica as 10 Coisas que Você Precisa Saber sobre essa substância fundamental para o funcionamento do corpo humano.

Embora muitas pessoas achem o colesterol uma substância maléfica, ele é primordial para o funcionamento do corpo humano. Para isso, no entanto, seus níveis devem estar sempre controlados. Confira, abaixo, 10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Colesterol:

1.      O colesterol é um tipo de gordura (lipídio) encontrado naturalmente em nosso organismo. Ele é fundamental para o funcionamento normal do organismo, sendo o componente estrutural das membranas celulares em todo nosso corpo. Ele está presente no cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração.

2.      O corpo humano utiliza o colesterol para produzir vários hormônios, vitamina D e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. Cerca de 70% do colesterol é fabricado pelo nosso próprio organismo, no fígado, enquanto que os outros 30% vêm da dieta.

3.      Existem dois tipos de colesterol. O HDL é chamado de “colesterol bom” pois forma uma classe de lipoproteínas que ajuda a carregar o colesterol do ateroma dentro da artérias, e transportá-lo de volta ao fígado para ser excretado. Já o LDL, chamado de “colesterol ruim”, transporta o colesterol de células que mais produzem do que usam, para as células que mais necessitam. É considerado ruim pela relação que existente do alto índice de LDL com doenças cardíacas.

4.      Quando em excesso (hipercolesterolemia), o colesterol pode se depositar nas paredes das artérias, que são os vasos que levam sangue para os órgãos e tecidos, determinando um processo conhecido com arteriosclerose. Se esse depósito ocorre nas artérias coronárias, pode ocorrer angina (dor no peito) e infarto do miocárdio. Se ocorre nas artérias cerebrais, pode provocar acidente vascular cerebral (derrame).

5.      Manter uma vida saudável, praticando exercícios físicos e evitando comer alimentos gordurosos ajuda a evitar o alto colesterol. Parar de fumar também é uma atitude que ajuda a neste controle.

6.      Gema de ovo, bacon ou toucinho, carne de frango com pele, torresmo, manteiga, creme de leite e nata, frituras, salsicha, salame e lingüiça e carnes de animais são os principais alimentos que contém uma significativa quantidade de colesterol.

7.      O aumento no nível de colesterol no sangue não costuma ter sintomas. Em casos excepcionais, aparecem os chamados xantomas, que são sinais decorrentes do acúmulo do colesterol na pele. Quando o aumento do colesterol atinge níveis muito altos, pode haver um aumento no fígado, no baço e sintomas de pancreatite. 

8.      As taxas de colesterol apontadas em exames se referem à soma do bom colesterol (HDL) com o mau colesterol (LDL). Essa taxa é considerada boa quando está abaixo de 200, suspeita quando está entre 201 e 239 e elevada quando está acima de 240;

9.      Há três causas para a alteração do colesterol. A primeira é o fator genético, quando o indivíduo possui genes que determinam essa alteração. A segunda é a alimentação. Quem ingere alimentos gordurosos, com alto índice de colesterol, têm mais chances de sofrer com taxas altas. A última possível causa são doenças, como hipotireoidismo, diabetes e doenças nos rins.

10.  Para fazer uma dieta visando o controle do colesterol, prefira leite e iogurte desnatados, queijo branco fresco, ricota, "cottage", queijos "light”, peixes, aves sem pele, carnes magras, inhame, macarrão, pães, bolachas de água e de água e sal, evitando sempre gordura em excesso. O tratamento das alterações do colesterol deve ser mantido por toda a vida. Tanto os cuidados com a alimentação e exercícios, como o uso de medicamentos, deverão ser empregados por tempo indeterminado.



Fonte: SBEM

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Conselho Federal de Medicina condena terapia antienvelhecimento


Prezados Pacientes,

Como já havia exposto aqui no Blog anteriormente, a medicina anti-aging ou antienvelhecimento mostrou-se não ter evidências científicas suficientes da sua eficácia e principalmente da sua segurança, podendo inclusive acarretar em danos para a saúde. 

Essa posição oficial do Conselho Federal de Medicina (CFM) só vem reforçar o que já venho mostrando aqui no Blog.

Para ler a posição oficial da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) a respeito do assunto, clique aqui. Também aqui outro post relacionado.

Att.
Renata Antonialli

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Faltam evidências científicas que justifiquem a prática da medicina antienvelhecimento, ou anti-aging. Essa é a conclusão de uma extensa revisão de estudos científicos sobre o assunto, realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A entidade publica nesta segunda-feira (6) parecer sobre o assunto. O material pode ser acessado no site da entidade. Clique aqui.
  
A diretoria do CFM confirmou que o parecer servirá de base de uma resolução que proibirá o uso de hormônios e práticas de antienvelhecimento no país. Segundo o vice-presidente do CFM, Carlos Vital Corrêa Lima, o Código de Ética Médica já veda a realização de terapêutica experimental. "Uma resolução dará mais ênfase e deixará ainda mais claro esta proibição".
   
Quanto à técnica de antienvelhecimento, a principal crítica do parecer do CFM diz respeito à reposição hormonal e à suplementação com antioxidantes, vitaminas e sais minerais, medidas propostas pelos que a prescrevem. O tratamento hormonal utilizado nestas pessoas que buscam o rejuvenescimento era o mesmo usado em pacientes com hipofunção glandular. O tratamento sem a devida indicação coloca a saúde do paciente em risco.

O Coordenador da Câmara Técnica de Geriatria do CFM, Gerson Zafallon Martins, alerta que os procedimentos podem causar danos. Há aumento, inclusive, do risco de câncer. “Prescrever hormônio do crescimento para “rejuvenescer” um adulto que não tem deficiência desse hormônio é submetê-lo ao risco de desenvolver diabetes e até neoplasias”.
  
De acordo com o Parecer do CFM nº 29/12 NÃO se reconhece no Brasil a especialidade médica de antienvelhecimento, bem como não há registros na União Europeia e nos Estados Unidos.
  
Trabalho - O Parecer CFM nº 29/12 conclui ainda que a modulação hormonal bioidêntica, “vem a ser nada mais que o uso de hormônio fabricado em laboratório, manipulado em farmácia magistral e prescrito com finalidade terapêutica não sustentável cientificamente e, desse modo, não aprovada pelas sociedades medicas acreditadas”, diz o texto.

Na avaliação dos conselheiros, a maior longevidade ou aumento expectativa de vida do homem atual não se deve a um tratamento específico e sim a toda uma melhora nas condições de vida. “Estão vendendo ilusão de antienvelhecimento para a população sem nenhuma comprovação científica e que pode fazer mal à saúde. Com a idade, o metabolismo mais lento e a ingestão de algumas substâncias podem aumentar o risco de várias doenças”, alerta a médica geriatra Elisa Franco Costa, que auxiliou nas pesquisas do CFM.
  
Para a geriatra e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Maria Lencastre, a manipulação hormonal deve ser indicada apenas nos casos em que o paciente apresente algum tipo de disfunção na produção de hormônios, como nos casos de hipotireoidismo (distúrbio hormonal que afeta o metabolismo do organismo).
   
Ela lembrou que o fator genético responde por um terço das causas do envelhecimento e que a melhor maneira de retardar o processo é a modificação de hábitos, que incluem a prática de exercício, a alimentação adequada e a perda de peso. "Medicamentos que não são necessários, além do risco, significam custo com uma população que já tem grandes custos [com patologias como doenças do coração].

Processo - Segundo dados da corregedoria do CFM, nos últimos quatro anos, a entidade já cassou o registro profissional de cinco médicos que praticavam os procedimentos sem comprovação científica. Outras dez punições (como suspensão e censura pública) também foram dadas a outros médicos. Os Conselhos Regionais de Medicina também apuram outros casos.
  
O ilícito destes médicos geralmente era agravado pela publicidade imoderada, sensacionalista e promocionais. Muitos deles garantiam resultados, o que contraria o Código de Ética Médica (CEM). “A medicina não é uma ciência de fim e sim de meios. O médico tem que fazer o possível em benefício do paciente, mas nem sempre o resultado é satisfatório”, destaca o corregedor do CFM, José Fernando Maia Vinagre.

Destaques do parecer:

  • A especialidade medica “Medicina anti-aging” ou “Medicina antienvelhecimento” não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina.
  • O processo biológico de envelhecimento do organismo humano é acompanhado de um natural decréscimo na produção endógena de alguns hormônios sem que este fato seja considerado como a causa do envelhecimento.
  • A medicina e, por extensão, a prescrição de hormônios, precisa ser exercida baseada em evidências científicas comprovadas

 Fonte: CFM