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sábado, 9 de julho de 2011

A mastigação que emagrece



Com o prato feito não há mais nada o que fazer pela sua cintura, certo? Errado. A própria forma como o alimento é processado pela boca faz toda diferença na balança.

A mastigação é um processo muito importante na fisiologia da digestão. Isso porque, o abrir e fechar da boca são responsáveis pela quebra de certos nutrientes em partículas menores, e logo, mais fáceis de serem trabalhadas. Atualmente, seja pela enorme quantidade de tarefas do dia a dia, seja pelo costume, até as mordidas estão sendo automatizadas para abreviar o tempo à mesa. E essa pressa, por sua vez, vem se mostrando mais nefasta do que se imaginava, inclusive para quem pretende manter o corpo em forma.

Em um estudo da Universidade Oxford Brookes, na Inglaterra, voluntários que mascaram cada porção por 35 vezes simplesmente comiam menos quando comparados aos glutões que só repetiam o movimento dez vezes. "A própria contração muscular serve de estímulo à liberação de substâncias responsáveis pela sensação de saciedade", explica o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia. Em outras palavras, mastigar o que você ingere por poucas vezes implica voracidade intensa e prolongada, o que costuma terminar em comida demais no estômago. Aí, a barriga cresce.

Mais do que a quantidade de dentadas, a maneira como elas são distribuídas pode aplacar ou fomentar o apetite. Um experimento brasileiro, por exemplo, revela que a frequência de obesos que mastigam com apenas um lado da boca é significativamente maior do que a de indivíduos no peso adequado. "O contato do bolo alimentar com toda a cavidade oral aparentemente é importante à saciedade", reforça Cintia Cercato, endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo e orientadora da pesquisa. "A mastigação bilateral tem repercussão, por via nervosa, no hipotálamo, a área do cérebro que controla a fome", completa o odontologista José Amorim, da Universidade Estadual Paulista.

O fato é que dentadas intervaladas e tranqüilas contribuem para porções menos avantajadas inclusive pelo tempo que consomem. A chegada dos primeiros bocados de comida ao intestino, fato que demanda alguns minutos, serve como mais um sinal de saciedade. Portanto, se a ingestão é muito rápida, a sensação de barriga cheia vem tarde demais. Estima-se que todos os mecanismos de regulação da fome só funcionem a pleno vapor após 15 minutos desde a primeira abocanhada. Durante essa fase, é essencial maneirar na quantidade de garfadas — e abusar dos músculos que mexem a mandíbula.

Agora, por mais disciplinado que você seja, é impossível manter certos alimentos na boca por muito tempo. Por isso, é preferível optar por alimentos mais sólidos, principalmente nas garfadas iniciais. Em vez da cenoura ralada, aproveite o legume inteiro. A banana amassada pode dar lugar à fruta original. O pimentão cru é mais interessante do que o cozido, e por aí vai. No final das contas, o recado que fica é investir na consciência e na tranquilidade em todas as etapas da alimentação: da escolha do cardápio até a derradeira mordida.

A mordida que esvazia os pneus: Pequenos ajustes no modo como você tritura refeições com os dentes podem se tornar grandes ajudantes da dieta e dos exercícios na manutenção do peso

Quantidade: Antes de engolir, abra e feche o maxilar por pelo menos 30 vezes em cada ida do talher aos lábios

Duração: Tenha calma. O intervalo entre uma garfada e outra deve ser de aproximadamente 20 segundos

Qualidade: Use a língua para dividir o alimento entre os dois cantos da boca. Ao longo da mastigação, reveze-os de lugar constantemente

BOM APETITE !!!!

Fonte: Revista Saúde

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