Estudo
de coorte prospectivo,
publicado pelo British Medical Journal (BMJ), examinou a
associação entre a ingestão de cálcio e o risco de hiperparatireoidismo
primário em mulheres e mostrou que o aumento da ingestão deste elemento pode
reduzir o risco da doença.
A pesquisa nomeada Nurses’ Health Study I que originalmente recrutou
participantes dos 11 estados mais populosos dos Estados Unidos contou com a
participação de 58.354 enfermeiras, com idades entre 39 e 66 anos, sem história
de hiperparatireoidismo primário. A ingestão de cálcio foi avaliada a cada
quatro anos por meio de questionários semiquantitativos sobre a frequência
alimentar. O principal resultado foram os novos casos de hiperparatireoidismo
confirmados pela revisão dos prontuários médicos.
Durante 22 anos de acompanhamento, foram registrados 277
casos incidentes de hiperparatireoidismo primário. As mulheres foram divididas
em cinco grupos iguais, de acordo com a ingestão de cálcio na dieta. Após
ajustes para idade, índice de massa
corporal, raça e outros fatores, o risco relativo de hiperparatireoidismo
primário para as mulheres no grupo com a maior ingestão de cálcio na dieta foi
de 0,56 (P=0,009 para a tendência), em comparação com o grupo com o menor
consumo.
O risco relativo de hiperparatireoidismo primário para as mulheres que
tomavam mais de 500 mg/dia de suplementos de cálcio em comparação com as que
não usavam suplementos de cálcio foi de 0,41 (P<0,001 para a tendência). As
análises, restritas às participantes que faziam exames físicos regulares, não
alteraram significativamente a associação entre a ingestão de cálcio e o risco
de hiperparatireoidismo primário.
Concluiu-se que o aumento da ingestão de cálcio pode reduzir
o risco de hiperparatiroidismo primário em mulheres.
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